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Quando a pesca se torna esporte e prazer

A maré da região está para peixe grande e não pegar nada está longe de ser opção para eles

J3 Esporte
Por Redação
4 de julho de 2017 - 15h39
Uderlan Moraes aprendeu a pescar com o pai (Foto: reprodução)

Uderlan Moraes aprendeu a pescar com o pai (Foto: reprodução)

Pescar por prazer e sem fins comerciais definem a pesca como esporte. No Brasil, existem três tipos de categorias pesqueiras: a industrial, a artesanal e a amadora, da qual pesca esportiva faz parte. O desafio do esporte de pegar um peixe difícil, o maior, ou o mais pesado não pode ser confundido com uma atividade de caça, de acordo com a Federação de Pesca e Lançamento do Estado do Rio de Janeiro.

Este ano, Campos sediou, pela primeira vez, o Torneio de Pesca ao Robalo. Ao todo, 84 atletas da pesca esportiva iniciaram a competição, ocupando o Rio Paraíba do Sul em 42 embarcações no trecho entre a Usina Santa Cruz e o Solar dos Airizes. A equipe Águia Fishing Team formada pelos pescadores Uderlan Moraes e Geremias Peixoto foi a grande campeã do evento.

A dupla pesca há mais de 10 anos no Paraíba, o que ajudou na conquista do 1º lugar do Torneio. “Ficamos entre a ponte de Ferro e o Hospital Ferreira Machado onde pescamos cinco espécies que garantiram o título”. O pescado totalizou 221 centímetros. Além do troféu e medalhas, a dupla ganhou um barco Amazonas 500 de 5 metros de comprimento.

O começo

“Aprendi a pescar ainda criança, mas nunca fui adepto de matar o peixe se não havia necessidade de alimentação. Há pessoas que pescam e trazem o peixe para distribuir. Sou contra. Defendo que o peixe, pode sim, servir de alimento, porém, de forma moderada. Pescar o suficiente e não para esbanjar. Por causa de práticas deste tipo que hoje os rios estão praticamente sem pescado. Pescar, tirar foto e devolver o peixe ao seu habitat natural é mais gratificante do que levar o peixe pra casa, assar e comer. Tenho um filho e desejo que ele e todas as crianças das gerações futuras tenham esse prazer”, ressaltou Uderlan.

O atleta destacou ainda que a pesca esportiva não se trata de caça, uma vez que em comparação à pesca profissional, não afeta a ecologia. “A devolução do peixe à água tem o objetivo deixar o peixe crescer ainda mais, e desovar mais vezes, aumentando a população. Porém, são necessários inúmeros cuidados para que o peixe não seja muito ferido pelo anzol, ou mesmo na manipulação antes de sua soltura”, admite o atleta de 39 anos.

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O presidente da Ong Ecoanzol, Marcelo Fernandes destacou o sucesso do evento, um sonho de muitos anos. “Conseguimos atrair 84 atletas da pesca esportiva de vários municípios do estado, que tiveram paciência de pescar das 8h às 16h. Foram capturados 15 robalos, o que comprova o grande potencial que o Rio Paraíba do Sul que as pessoas precisam conhecer e preservar. O sucesso já nos credencia a realizar em 2018 o II Torneio Ecoanzol de Pesca ao Robalo e entrar para o calendário nacional”, concluiu o presidente.

Ainda este ano, a Ong Ecoanzol está preparando o Movimento Pró-Robalo que tem por objetivo a preservação do Rio Paraíba do Sul, para que as gerações futuras possam desfrutar de suas belezas e riquezas, permitindo assim a manutenção do robalo nas águas do rio que corta a cidade de Campos. Segundo a Confederação Brasileira de Pesca, o evento realizado em Campos foi de alto nível, superando as expectativas devido ao grande volume de peixes capturados. Foram 15 peixes, que atenderam às exigências do Ibama, que deveriam estar entre 35 a 75cm.

Uderlan Moraes aprendeu a pescar ainda criança e defende a pesca esportiva, para as gerações futuras Torneio de Pesca ao Robalo evento inédito no Rio Paraíba do Sul Pesca esportiva Sinal de que o velho Rio Paraíba ainda respira Fotos: Arquivo pessoal A pesca esportiva feita sem rede ou linha de mãos, como as usadas por pescadores profissionais e, utiliza apenas três tipos de instrumentos, molinete, carretilha e vara, que apresentam mais segurança para os praticantes.

Confira, abaixo, algumas dicas:

– Manusear o peixe dentro da água

– Ao manusear o peixe, manter as mãos molhadas

– Usar somente anzóis sem farpa ou com a farpa amassada

– Ao pescar em profundidades maiores do que 30 pés, puxar o peixe devagar

– Retirar o anzol com alicate de bico, quando não estiver muito profundo

– Cortar a linha e deixar o anzol no peixe, quando o anzol estiver muito profundo

– Rapidez e delicadeza para pesar, medir e fotografar o peixe

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