A canonização de 30 beatos brasileiros que foram massacrados em 1645 nas localidades de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte, durante a ocupação holandesa do Nordeste, foi marcada para 15 de outubro, conforme anunciou o papa Francisco na última quinta-feira (20). Eles foram mortos por se negarem a abjurar da fé católica e aderir ao calvinismo, religião dos invasores. Os futuros santos serão André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes diocesanos, Mateus Moreira e outros 27 companheiros leigos. Os 30 brasileiros foram beatificados em março de 2000 por João Paulo II.
Foram dois massacres coletivos: o primeiro em 15 de julho, em Cunhaú, atualmente município de Canguretama, e o segundo em 3 de outubro, em Uruaçu, hoje município de São Gonçalo do Amarante. Segundo relatos da época, mais de 70 pessoas foram assassinadas, mas a Congregação para as Causas dos Santos reconhece apenas o martírio daqueles cujos nomes são conhecidos.
Os massacres foram executados por índios tapuias e soldados holandeses, sob comando de Jacob Rabbi, um alemão a serviço da Companhia das Índias Ocidentais Holandesas. As vítimas foram mortas em um domingo, durante a missa celebrada pelo padre Ambrósio Ferro. Após a consagração da hóstia e do vinho, a tropa holandesa trancou as portas da igreja e, após um sinal de Rabbi, os índios chacinaram os fiéis.
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Com a notícia das atrocidades em Cunhaú, o medo se espalhou pelo Rio Grande do Norte e capitanias vizinhas. Outra vez sob as ordens de Jacob Rabbi, um grupo de dezenas de pessoas, entre as quais o padre André de Soveral, foi massacrado.