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Novos trechos da BR-101 devem ser entregues totalmente duplicados neste ano

Informação foi divulgada pela concessionária que administra a rodovia durante reunião com a Firjan.

Campos
Por Redação
12 de janeiro de 2017 - 18h23
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Duplicação já foi entregue em alguns trechos (Foto: Silvana Rust)

Novos trechos da BR-101 devem ser entregues até abril desde ano. Os locais onde as obras serão concluídas são no trecho entre Campos e Macaé e também entre Casimiro de Abreu e Rio Bonito. A informação foi divulgada pela Autopista Fluminense, concessionária que administra a rodovia, durante uma reunião com a Firjan.

O objetivo do encontro foi debater o andamento do projeto de duplicação da BR-101, ligação da rodovia ao Porto do Açu e cobrar agilidade na construção de um contorno para Campos. A reunião foi nesta quarta (11), e teve a presença de empresários, o diretor superintendente da concessionária Autopista Fluminense, que administra a rodovia, e o prefeito da cidade Rafael Diniz.

Durante o encontro, respondendo às cobranças dos industriais, o diretor superintendente da concessionária, Odílio Ferreira, afirmou que os trechos em duplicação entre Campos e Macaé e de Casimiro de Abreu a Rio Bonito serão concluídos até abril deste ano. O projeto do contorno já foi entregue para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e está em análise. Se nenhuma alteração for feita, a obra deve começar ainda em 2017. Quanto ao acesso ao Porto do Açu, a inclusão do trecho na concessão da rodovia ainda está sendo discutida com a ANTT.

Os pleitos apresentados durante a reunião fazem parte da Agenda Regional Norte Fluminense do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro da FIRJAN, documento que reúne propostas de empresários com o objetivo de apontar soluções para o desenvolvimento regional e estadual. Em uma das sugestões, os industriais ressaltam que a qualidade da infraestrutura logística e de mobilidade urbana é um dos fatores mais importantes para a atratividade de investimentos, uma vez que possui grande impacto na produtividade e no custo final das mercadorias e serviços.

“Só em Campos a BR-101 tem 123km, ou seja, 28% da concessão está na cidade, sem contar Macaé. Para a região Norte Fluminense a rodovia é o principal vetor de desenvolvimento”, comentou o presidente da FIRJAN no Norte Fluminense, Fernando Aguiar. O empresário ressaltou que esses encontros anuais são importantes para que os industriais possam argumentar, conhecer prazos e traçados.

A reunião foi iniciada com uma apresentação de dados. A duplicação de 176,6 quilômetros da BR-101/RJ, entre Rio Bonito e Campos dos Goytacazes, é a maior obra do contrato de concessão assinado entre a Autopista Fluminense e o Governo Federal, com R$ 1,6 bilhão de investimentos previstos. Ferreira comentou as dificuldades com o trecho ainda sob licenciamento ambiental, entre Macaé e Rio das Ostras, além dos resultados na redução de acidentes e mortes obtidos com as melhorias.

Nesse trecho, entre os quilômetros 144 e 190, que perpassa a Reserva Biológica União, o executivo da Autopista Fluminense explicou que após estudo de viabilidade, foram apresentadas ao Ibama e ICMBio soluções sobre como fazer a obra nessa parte da rodovia. Segundo a concessionária, as condicionantes ambientais exigidas pelos órgãos oneraram demais o projeto, tornando-o economicamente inviável. “O investimento para a adaptação do projeto em uma região de 40 quilômetros chegam, praticamente, à metade do valor investido na duplicação de 176 quilômetros”, pontuou. A Autopista agora pensa em outras possibilidades, como a construção de viadutos, mas ainda sem prazos definidos.

Questões sobre segurança e fluidez também foram debatidas pelos empresários. Com relação ao acesso direto ao Porto do Açu, a conselheira da FIRJAN, Célia Daumas, ressaltou que “todo acesso rodoviário é feito por dentro da área urbana de Campos, então sofre o caminhoneiro, que tem que transitar em uma velocidade mais baixa, e a população, que em vez de conviver apenas com o tráfego urbano comum tem que suportar as carretas”. Célia, que é gerente de projetos e infraestrutura na empresa Prumo, que administra o Porto do Açu, garante que o acesso direto vai reduzir custos, melhorar a logística e poupar o cidadão.

Além do prefeito de Campos, Rafael Diniz, também participaram do debate representantes da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Por: Assessoria da Firjan