POR MARCOS CURVELLO e THIAGO GOMES
Horas após sua posse, o prefeito Rafael Diniz já cumpria agenda de visita às principais unidades hospitalares do município, nesta segunda-feira (2). Por volta das 8h, ele chegou ao Hospital Ferreira Machado (HFM), onde foi confirmada pela superintendência a escassez de alguns medicamentos e falta total de 203 dos 245 itens que compõem a farmácia do lugar. Segundo o prefeito, oito cirurgias por dia estão deixando de ser realizadas por causa do centro cirúrgico inoperante. Apesar de ser o primeiro dia útil do ano, esta segunda pós-Réveillon não foi o primeiro dia de trabalho de Rafael. Ainda no domingo, após sair da Câmara de Vereadores, ele se reuniu com seu secretariado no auditório da Prefeitura.
Rafael voltou a afirmar que Saúde será prioridade em seu governo e que ele ainda está tomando pé da situação financeira do município, já que sua equipe de transição não contou com a boa vontade da equipe do governo Rosinha Garotinho. Ele adiantou que pretende investir nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no programa Estratégia Saúde da Família (ESF) com o intuito de desafogar o HFM. O prefeito esteve em todos os setores e conversou com funcionários e pacientes.
“Vamos fazer um inventário dos problemas e, com base nele, e nas possibilidades financeiras do município, vamos atacar esses problemas diretamente, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para minimizar o sofrimento daqueles que precisam de atendimento médico”, afirmou o Diniz.
De acordo com o superintendente geral do HFM, Pedro Ernesto Simão, existe um desabastecimento na unidade que preocupa a nova administração.
“Nosso objetivo principal agora é recompor o estoque do Ferreira Machado. A unidade se encontra em uma situação delicada, pois o centro cirúrgico, por exemplo, está parado. Materiais para atendimento de emergência, como algodão e gaze, está em falta há algum tempo e conseguimos dar um jeito nesta situação para as festas de fim de ano. Nesta segunda-feira verificamos que, dos 245 itens da farmácia, 203 estavam com estoques zerados”, ressaltou Pedro Ernesto.
Já o novo diretor clínico do HFM, Marcos Quintanilha, disse o hospital tem absorvido pacientes que deveriam ser atendidos pelas UBSs. Ainda segundo Quintanilha, esses pacientes chegam ao HFM porque também encontram desabastecimento nas UBSs. “Nessas unidades também existe um funcionamento inadequado, que acaba afogando o HFM, cuja especialidade é traumatologia. O hospital atende, em média, 500 pessoas por dia, mas apenas 20% deste total é, de fato, caso de urgência e emergência”, ressaltou.