Em dia marcado por novos confrontos em protesto de servidores, o deputado estadual Jorge Picciani (PMDB) foi eleito, nesta quarta-feira (1), para a presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Picciani foi reconduzido ao cargo com 64 votos a favor e seis contra. Não houve abstenção. Apenas o deputado Jair Bittencourt, de licença, não votou.
Essa é a sexta vez que o atual presidente da Casa ocupará o cargo. A chapa Unidade, de Picciani foi a única a disputar a eleição. Veja a composição completa:
Presidente: Jorge Picciani (PMDB)
1º vice-presidente: Wagner Montes (PRB)
2º vice-presidente: André Ceciliano (PT)
3º vice-presidente: Jânio Mendes (PDT)
4º vice-presidente: Marcus Vinícius (PTB)
1º secretário: Geraldo Pudim (PMDB)
2º secretário: Samuel Malafaia (DEM)
3º secretário: Átila Nunes (PMDB)
4º secretário: Pedro Augusto (PMDB)
1º vogal: Carlos Macedo (PRB)
2º vogal: Zito (PP)
3º vogal: Renato Cozzolino (PR)
4º vogal: Bebeto (PDT)
Eleito para seu sexto mandato no comando da Alerj, Jorge Picciani (PMDB) procurou demonstrar confiança na aprovação das medidas de ajustes.
“O pacote de ajuda ao RJ foi muito bem elaborado pelo ministro Henrique Meirelles e pode representar uma saída dessa crise. Agora os deputados vão discutir e votar as medidas. Na terça-feira (7) pretendo pautar o projeto que trata da privatização da Cedae e o que autoriza o estado a tomar empréstimos de R$ 3,5 bilhões para acertar o calendário de pagamentos dos servidores”, afirmou.
A recondução de Picciani ao cargo foi uma das medidas adotadas pelos parlamentares para o início do ano do Legislativo do Rio. O dia também foi marcado pelo protesto dos servidores no início da tarde desta quarta.
Um dos poucos votos contrários na eleição da mesa diretora da Alerj, Eliomar Coelho (PSOL) afirmou que a posição da bancada é de não ser instrumento de sustentação política de um governo que só quer sacrificar os servidores e o povo do estado.
Já Luiz Paulo (PSDB) diz que a bancada de seu partido é contrário ao uso da Cedae como “moeda de troca” da ajuda financeira ao estado. “A Cedae não pode ser dada como garantia para novos empréstimos, porque empréstimo não é solução para a crise. E nem mesmo se sabe quanto a Cedae vale”, afirmou. Ele enfatiza que o PSDB votará contra o aumento das alíquotas de previdência do funcionalismo. “O governo tem é que aumentar receitas e reduzir despesas, e por diversas vezes já apontamos caminhos para que isso seja feito”, criticou Luiz Paulo, destacando que a estratégia do governo é obter novos empréstimos, dando a Cedae como garantia, para esvaziar os protestos do funcionalismo. “Pagando os salários, eles esvaziam o movimento e em seguida manda o pacote de reajustes de alíquotas previdenciárias.
Protestos — Os servidores estaduais entraram em confronto com a Polícia Militar por volta das 14h desta quarta-feira (1º). A confusão começou quando representantes de alguns sindicatos tentavam puxar a grade de proteção que cercava o prédio do Palácio Tiradentes. Os PMs atiravam bombas de efeito moral para afastar os manifestantes. Eles revidaram atirando pedras na direção do policiais.
As imagens mostram que o grupo usou uma corda para tentar derrubar o cercado. Houve ainda depredação de ônibus e lixeiras.
Os manifestantes pedem, entre outras pautas, a regularização dos pagamentos. O trânsito na Rua Primeiro de Março, foi bloqueado por volta das 13h e os manifestantes se espalharam ao longo da via. Um servidor ficou ferido no confronto.
fonte: G1