Aos 20 anos, a violinista Verônica Lopes tem uma agenda cheia de compromissos diariamente na cidade de São Paulo, onde vive. A jovem, que nasceu em Campos e viveu até recentemente no Parque Aurora, mudou de endereço mas segue trabalhando bastante com as atividades musicais. Ela começou quando tinha apena sete anos, no projeto da Ong Orquestrando a Vida. Foi sua avó quem a matriculou na ong campista após ler um anúncio pregado no ônibus que estava. Desde então, Verônica viaja ainda mais longe por conta da música.
Na Orquestrando a Vida teve aulas de violino, teoria musical e canto coral. Verônica Lopes diz que aprendeu muito mais que isso. Tornou-se monitora e instrutora de violino para os novos alunos da ong. “Ensinando, a gente também aprende muito. Isto me trouxe responsabilidade, planejamento, visão das coisas com o progresso das crianças. A Orquestrando a Vida foi uma segunda casa para mim”, relembra a jovem que é filha de professora e de pedreiro. Ela revela que os pais se separaram quando era bem pequena. A música ajudou a
superar aquele momento difícil.
Para o maestro e presidente da Orquestrando a Vida, Jony William Vilella, aquela menina que chegou ao projeto com sete anos de
idade era muito tímida e reservada. “Ela ainda mantém essa característica de contida e discreta, mas seu talento para o violino sempre
foi um destaque. Tanto é que foi viver na capital paulista e faz parte atualmente da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo. Isto muito nos orgulha”, analisa.
Além da orquestra paulista, Verônica Lopes segue seus estudos de violino na Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim (Emesp). Ela diz que a rotina pesada não difere muito da época em que começou a tocar e a ensinar em Campos. “São muitas horas diárias de estudos e ensaios”, afirma. Para ela, a Ong Orquestrando a Vida é um projeto de grande potencial que precisa ser visto de perto pelas pessoas. “O desenvolvimento cultural precisa ser mais presente em Campos. A cultura e a educação são importantíssimas. A música é cultura e educação”, considera.
Verônica Lopes enfatiza que a música tornou-se fundamental em sua existência. “Graças a Orquestrando a Vida, tive certeza desde pequena que queria viver de música. Se a população conhecer de perto o projeto, visitando a ong, indo aos concertos realizados na cidade já estará apoiando muito a todos nós, jovens instrumentistas”, conclui.