Em relação à endometriose, a obstetra e ginecologista Maria Eliza Guimarães Tavares esclarece que trata-se de uma doença muito comum entre mulheres jovens e que se encontram e seu período fértil. “Ela costuma vir acompanhada de muita dor e, devido a isso, pode afetar a qualidade de vida da paciente, que sofre com fortes cólicas menstruais. O problema pode surgir já na primeira menstruação, mas é mais comum que aconteça entre os 13 e os 45 anos”, pontuou a especialista que também é videolaparoscopista e histeroscopista.
A ginecologista explica que a endometriose é caracterizada pelo crescimento inadequado do endométrio – tecido que reveste o interior uterino e que se desenvolve mensalmente para possibilitar uma possível gravidez. “Mas quando ele cresce fora do útero e se acumula em outras regiões, como ovários, trompas, inclusive bexiga e intestino, o problema recebe o nome de endometriose”.
Dados da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) apontam que entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva — de 13 a 45 anos — podem desenvolver a doença e 30% têm chances de ficar estéreis. Ainda segundo a SBE, o problema atinge cerca de seis milhões de brasileiras.
Ainda de acordo com a médica, os sintomas mais comuns são dor e irregularidades menstruais. Mas há outros indicativos: dores na parte inferior das costas, abdômen, pélvis, reto ou vagina; constipação, náusea ou quantidade excessiva de gases e outros. “O diagnóstico muitas vezes pode ser complicado. Por isso é essencial que a partir dos primeiros sintomas a paciente já procure ajuda médica” aconselhou Maria Eliza.
A endometriose é considerada uma doença crônica, portanto, sem cura definitiva. Entretanto, os tratamentos com cirurgia ou medicamentos específicos podem permitir uma melhor qualidade de vida às portadoras da doença.
Azul
Já o câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) sugerem que mais de 36 mil casos podem surgir no Brasil este ano, sendo mais de 17 mil em homens e 18 mil em mulheres.
A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os nódulos linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema imunológico) próximos à região. Em seguida, a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é utilizada para diminuir a possibilidade de volta do tumor.