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Caixa d’água: Pudim será ouvido na próxima quarta-feira

Deputado é uma das testemunhas de acusação e prestará depoimento por carta precatória

Estado do RJ
Por Redação
26 de fevereiro de 2018 - 17h54

 

Deputado estadual Geraldo Pudim será ouvido em cartório eleitoral no Rio (Foto: Silvana Rust)

Deputado estadual Geraldo Pudim será ouvido em cartório eleitoral no Rio (Foto: Silvana Rust)

O juiz da 98ª Zona Eleitoral de Campos, Ralph Manhães, marcou para a próxima quarta-feira (28) o depoimento do deputado estadual Geraldo Pudim (MDB) na ação penal do Caso Caixa d’água, em que o ex-governador do estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (sem partido), a ex-prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR) e mais seis pessoas são julgadas por participação em um esquema criminoso para criação de Caixa 2 para campanhas eleitorais. A ação penal ainda se encontra em fase de instrução e julgamento.

Pudim será ouvido por carta precatória, às 11h, no cartório da 204ª Zona Eleitoral, localizado na área central do Rio de Janeiro. O deputado estadual é uma das testemunhas de acusação.

A primeira fase da audiência aconteceu no dia 6 de fevereiro, no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, e durou mais de sete horas, quando começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação do processo. Na ocasião, Rosinha e Garotinho foram dispensados pelo juízo eleitoral.

Além de Rosinha e Garotinho, respondem ao processo o policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro, conhecido como Toninho, que, segundo o processo, seria o braço armado da organização; os ex-secretários de governos da Prefeitura de Campos, Suledil Bernardino e Thiago Godoy; o empreiteiro Ney Flores; o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues e o genro dele, Fabiano Rosas Alonso. Todos foram presos, no ano passado, pela Polícia Federal, na Operação Caixa d’água, deflagrada no dia 22 de novembro.

Operação Caixa D’Água

Garotinho foi preso no dia 22 de novembro em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi levado para o quartel do Corpo de Bombeiros no bairro Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de onde foi transferido para a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte. No local também ficaram o ex-governador Sérgio Cabral, preso durante a Operação Calicute, e os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, detidos na Operação Cadeia Velha. Todos pertencem ao MDB.

Após alegar ter sido agredido durante a noite, Garotinho foi transferido para Bangu 8.

Durante a Operação Caixa d’Água também foram detidos o ex-subsecretário de Governo, Thiago Godoy, o ex-secretário de Controle Orçamentário e Auditoria de Rosinha, Suledil Bernadino, e o policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro da Silva, o Toninho.

A ex-prefeita chegou a passar pelo Presídio Feminino Nilza da Silva Santos, em Campos, e por Benfica, no Rio, mas recebeu habeas corpus do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TRE-RJ).

Eles são acusados da prática dos crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. A defesa nega.