O ex-governador Anthony Garotinho comemorou a liminar que suspende as medidas cautelares de Rosinha Garotinho, concedida pelo ministro do TSE, Gilmar Mendes, nessa sexta-feira (22). Em publicação feita em sua página oficial o Facebook, Garotinho disse que a decisão é “mais uma vitória da Justiça”. Na noite de quinta (21), o ex-governador deixou o Complexo Penintenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde estava preso desde novembro, após habeas corpus concedido também por Gilmar Mendes.
Na decisão dessa sexta, o ministro suspendeu o uso de tornozeleira eletrônica de Rosinha, além do recolhimento domiciliar noturno e a proibição de sair da capital fluminense. De acordo com Gilmar, não ficou demonstrada “conduta concreta da ré (Rosinha) que indicasse provável reiteração delituosa, bem como fato potencialmente nocivo ao regular desenvolvimento da instrução probatória”.
Ainda segundo o presidente do TSE, a própria decisão do TRE-RJ que decretou a prisão preventiva de Rosinha “não indicou nenhum ato concreto e atual praticado pela paciente com o intuito de fragilizar a instrução criminal”. As medidas cautelares, conclui Gilmar, “revelam-se desproporcionais neste momento”.
Rosinha Garotinho havia sido presa em 22 de novembro com o marido e outros suspeitos de envolvimento em supostas irregularidades na campanha eleitoral de Anthony Garotinho ao governo do Rio, em 2014. Os dois negam as acusações. No dia 30 de novembro, ela foi solta a pedido da defesa, que solicitou a substituição da prisão pelas medidas restritivas.
Após ser solta, em entrevista ao SBT, a ex-governadora afirmou que se sentiu humilhada ao ser presa.
— O impacto, primeiro, é da humilhação. Os meus filhos, graças a Deus, entendem, porque conhecem quem nós somos. Temos recebido todo apoio dos filhos, da família e dos amigos. Mas isso é uma humilhação, porque nós não cometemos nenhum crime — disse.
Garotinho também teve espaço na emissora de Silvio Santos e concedeu entrevista ao SBT Rio, apresentado pela jornalista Isabele Benito, na tarde dessa sexta. Ele voltou a afirmar ter sido agredido em Benfica, onde estão outros políticos, como o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso durante a Operação Calicute, e os deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB), detidos na Operação Cadeia Velha.
Fonte: Jornal O Globo