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Natal de acolhimento reúne famílias e colaboradores na Casa Nicola Albano

Confraternização promovida pelo Centro Nicola Albano emocionou pais, mães e profissionais com apresentações do grupo teatral Máscaras

Geral
Por Ocinei Trindade
11 de dezembro de 2025 - 7h39

Apresentação natalina na Casa Nicola Albano (Fotos J3News)

O Centro Nicola Albano UTI Neonatal e Pediatria promoveu na noite de quarta-feira (10) uma confraternização de Natal, na Casa Nicola Albano. Participaram pais e familiares de bebês internados, além de colaboradores, médicos e enfermeiros. A diretora administrativa do Grupo IMNE, Martha Henriques, e a diretora do Centro Nicola Albano, a médica Laura Dias, também prestigiaram o encontro. Um grupo teatral de São Fidélis se apresentou na ocasião com canções natalinas.

A iniciativa buscou reforçar laços afetivos e oferecer um momento de acolhimento para famílias que vivem a rotina intensa de acompanhar bebês internados na unidade. Entre as atividades da noite, a apresentação do grupo teatral Máscaras, do Colégio Estadual de São Fidélis, emocionou o público com músicas e intervenções artísticas inspiradas no espírito natalino.

Equipe do Centro Nicola Albano com parte do elenco teatral

A psicóloga Glória Abreu, do Centro Nicola Albano, destacou que a proposta de levar o grupo até a casa surgiu do desejo de ampliar a sensação de cuidado e pertencimento entre as mães e familiares. Para ela, o Natal dentro de um espaço de acolhimento ganha um significado ainda mais profundo.

“Essa casa é uma casa de acolhimento, e é importante mostrar para a comunidade e para as mães o quanto é essencial que acolhamos uns aos outros. O vínculo delas com seus bebês e entre si revela o verdadeiro Natal, que é amor ao próximo, doação e respeito”, afirmou. Segundo Glória, a presença do coral buscou reforçar justamente esse sentimento: “Natal devia ser todo dia. Em dezembro todo mundo fica mais sensível, mas essas mães já vivem uma dor e uma sensibilidade muito intensa. É importante mostrar para elas o quanto é essencial se amar.”

Dra.Laura Dias dirige o Centro Nicola Albano há 31 anos

A apresentação ficou a cargo do grupo Máscaras, coordenado pela professora Bárbara Sota. O projeto teve origem há mais de uma década, criado por sua mãe, Sônia Sota, no Colégio Estadual de São Fidélis. Durante dez anos, Sônia desenvolveu diversas peças teatrais e idealizou o tradicional “Natal Encantado”, inspirado nos festivais de Gramado, que atraía centenas de crianças da cidade.

Com o impacto da pandemia e o falecimento de Sônia, o trabalho foi interrompido, mas retomado recentemente, com apoio da Associação Paulo Fernando Abreu e a participação de alunos e ex-alunos. “Já é o terceiro ano que estamos trazendo de volta esse Natal Encantado em forma de desfile. Ano que vem, se Deus quiser, voltaremos com a peça de teatro. Estamos reconstruindo aos poucos, unindo talentos e mantendo viva essa tradição”, explicou Bárbara.

Papai Noel e elenco do Natal Encantando

Sobre a apresentação na Casa Nicola Albano, ela afirmou que o grupo se sentiu profundamente tocado pela recepção. “Ficamos muito emocionados por terem gostado da nossa apresentação e por ser um motivo tão nobre. Acho que a ideia do Natal é essa: espalhar alegria, esperança e amor. Esse é o nosso objetivo.”

O evento encerrou a noite com abraços, música e a sensação de que, mesmo diante de desafios, o acolhimento e a arte ajudam a renovar a esperança — a essência mais profunda do Natal.

Pronunciamento da direção

A médica neonatologista Laura Dias, diretora do Centro Nicola Albano, fez uma reflexão acerca do evento na Casa Nicola Albano, suas propostas de acolher e auxiliar mães de bebês prematuros.

” É com alegria, responsabilidade e emoção que damos início a este momento tão especial: o primeiro Encontro de Natal da Casa Nicola Albano. Um gesto simbólico que, tenho certeza, se tornará parte da história desta casa — uma casa que tem como objetivo acolher, amparar e transformar vidas, porque a Casa Nicola Albano não é apenas um espaço físico. É um refúgio de cuidado, onde mães que enfrentam dias difíceis ao lado de seus filhos internados no Centro Nicola Albano encontram descanso, apoio e dignidade.

São mulheres que, muitas vezes, vêm de longe, que lidam com vulnerabilidades sociais, desafios emocionais e incertezas diárias — e que, aqui na Casa Nicola Albano, precisam encontrar um lar temporário e profundamente humano. É uma forma de dizer às mães e às famílias que elas não estão sozinhas e que receberão amor, pertencimento e esperança. Que o encontro — simples, afetivo e acolhedor — seja símbolo da união, da mesa compartilhada, do cuidado que se multiplica.

Quero agradecer profundamente aos meninos que estão aqui cantando e nos emocionando, a todos os voluntários, apoiadores, colaboradores e amigos que se dedicam para que a Casa Nicola Albano exista e continue cumprindo sua missão. Vocês são parte essencial desta engrenagem de amor ao próximo! Desejo que este momento aqueça nossos corações, nos inspire e nos lembre do verdadeiro espírito do Natal: o amor que se faz gesto, presença e consolo”.

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