

O Dia Nacional da Cultura teve um sabor especial em Campos neste ano. O dia 5 de novembro de 2025 fica marcado na cidade com a data de reabertura do Palácio da Cultura, após 11 anos de espera. O espaço passou por um processo de revitalização e agora retorna à população, totalmente preparado para receber exposições, apresentações e novas atividades educacionais e de inovação.
O prédio passa a abrigar o Centro Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, que sediará a Subsecretaria de Ciência e Tecnologia e seus programas — Mais Ciência, Mais Ciência na Escola e StartUp Campos —, além da Escola de Formação de Educadores Municipais. A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima também retorna ao local, restabelecendo no Palácio um polo de cultura e gestão cultural do município.


“Em um lado do Palácio, temos o espaço da ciência e tecnologia. Do outro, a área da cultura. É uma transformação, inclusive no modelo, porque os tempos mudaram. E a gente precisa evoluir junto. É muito gratificante conseguir reabrir esse espaço, realizando um sonho da comunidade campista. Tenho certeza que será muito bem frequentado por quem ama cultura, literatura e tecnologia”, destacou o prefeito Wladimir Garotinho, adiantando ainda que o será implantado o cinema popular no novo Palácio da Cultura.
A reinauguração também conta com o início da 6ª edição do Festival Doces Palavras (FDP), que acontece entre os dias 5 e 9 deste mês. A presidente da FCJOL, Fernanda Campos, celebrou o momento marcante para a história e a cultura da cidade:


“Hoje nos reunimos para devolver à população de Campos um prédio histórico e de imensa importância para todos nós. Inaugurado em 1973, o Palácio da Cultura foi considerado a principal obra cultural entregue no país naquele ano. O Palácio torna-se também casa da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, fundada em 1978 – sendo a sua criação anterior à do Ministério da Cultura, criado somente em 1985. Campos sempre foi uma cidade vanguardista, plena de artistas e operários da arte, representantes do teatro, da música, das artes plásticas, da cultura popular, da gastronomia, da literatura, das artes visuais, que através de uma frutífera produção artística, ajudaram e ajudam a escrever a história do nosso tempo”, celebrou Fernanda.
Com as obras, foram criadas e reformadas salas administrativas, espaço de atendimento, sala de reuniões, mini-auditório e áreas destinadas a coworking. A biblioteca, com seção infantil, e um espaço para exposições também integraram as intervenções. Além disso, o prédio recebeu ambientes específicos para capacitação: uma sala de treinamento destinada a profissionais da rede municipal e a cursos abertos à comunidade.
O subsecretário de Ciência e Tecnologia, Henrique da Hora, destacou que integrar cultura e inovação faz parte do compromisso do município com os novos tempos que marcam a realidade da sociedade nos dias atuais:


“É um espaço que pertence a todos nós campistas. Não existe um munícipe que não tenha uma história neste Palácio, nesta Praça da Bandeira. Faz todo o sentido sim o Palácio reunir Ciência e Tecnologia. Hoje, eles se misturam aqui. Esse Palácio precisa voltar a acolher as nossas crianças, como sempre foi. Mas agora acolher também os estudantes universitários, de mestrado e doutorado”, pontuou.
Como inovação para uso público e de lazer, foi construída uma pista de caminhada que contorna a estrutura. A combinação de espaços administrativos, formativos e culturais visa ampliar a oferta de serviços à população e transformar o equipamento em polo de convivência e atividades pedagógicas.