

Policiais civis da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), em ação conjunta com a Delegacia Especializada em Crimes Patrimoniais do Espírito Santo, cumpriram nesta quarta-feira (5) mandados de busca e apreensão na região da Grande Vitória (ES). A operação é parte de uma investigação que aponta a simulação de um roubo de carga ocorrido em Campos.
De acordo com o delegado titular da 146ª DP, Ronaldo Cavalcante, o inquérito foi instaurado após o motorista do caminhão, que seria a suposta vítima, relatar que havia sido assaltado. Porém, durante o depoimento, os investigadores apontaram inconsistências na narrativa, especialmente o tempo informado para o descarregamento da carga, de cerca de 15 toneladas.
“Ele disse que teria feito em cerca de vinte minutos. Isso não é crível, é impossível sem estrutura de empilhadeiras e sem outros aparelhos condizentes com a atividade. Foi feito, então, trabalho de inteligência para verificar o caminho percorrido pelo veículo”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com o Delegado, com base em dados de rastreamento e de uma isca eletrônica instalada no caminhão, os policiais descobriram que a carga, antes de chegar ao Estado do Rio, foi levada para um galpão no Espírito Santo, onde ocorreu o transbordo completo dos produtos. “E com o baú vazio ele veio para o Rio de Janeiro e aqui fez a falsa comunicação de crime”, completou.


Segundo a Polícia Civil, a investigação apontou o envolvimento do motorista, do proprietário do veículo e de outros suspeitos em um esquema de estelionato e associação criminosa para obtenção de indenização de seguro.
Durante a operação desta quarta, os policiais cumpriram mandados de busca nos endereços dos alvos, com o objetivo de localizar parte da mercadoria desviada, além de apreender celulares, computadores e documentos que possam subsidiar as próximas etapas da investigação.
Os dois principais suspeitos serão conduzidos para prestar depoimento na 146ª DP. A Polícia agora busca esclarecer o destinp da carga, o valor obtido com o crime e identificar outros envolvidos. O caso segue em investigação, com apoio das autoridades capixabas.



