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OncoBeda promove o projeto “Cante Esperança” para pacientes em tratamento

Cantores se reuniram na instituição com o objetivo de levar música, alegria e descontração durante mais um dia na campanha Outubro Rosa

Saúde
Por Ocinei Trindade
15 de outubro de 2025 - 18h14

Equipe do OncoBeda no projeto “Cante Esperança” no Outubro Rosa (Fotos Josh)

Profissionais da equipe multidisciplinar do OncoBeda criaram o projeto “Cante Esperança” voltado para auxiliar pacientes em tratamento do câncer. Nesta quarta-feira (15), um grupo de cantores se apresentou nas dependências da instituição. Músicas de todos os estilos fizeram parte do encontro artístico e descontraído. A programação Outubro Rosa, que alerta para o combate e prevenção ao câncer de mama, é um dos destaques. Médicos, enfermeiros e colaboradores se juntaram aos pacientes para momentos de alegria e descontração.

Os oncologistas e diretores do OncoBeda, Diogo Neves e André Porto, comentaram sobre a importância da iniciativa da equipe multidisciplinar em promover momentos de arte e música durante a campanha do Outubro Rosa.

Dr. Diogo Neves

“Eu confesso que fiquei muito surpreso e satisfeito com tudo o que vi aqui hoje. Muitas vezes, as campanhas do Outubro Rosa são muito programadas, envolvem marketing, agências de publicidade. Mas isso foi algo totalmente espontâneo. Nossa equipe de colaboradores foi fantástica. De todas as manifestações e celebrações que já vi aqui, essa talvez tenha sido a mais autêntica e satisfatória. Estou realmente muito feliz com o resultado”, afirmou doutor Diogo.

O médico André Porto avaliou de forma positiva a atividade musical realizada com os pacientes. Segundo ele, o projeto vai além da conscientização sobre o câncer de mama e busca promover uma reflexão mais ampla sobre a saúde integral da mulher:

Dr. André Porto

“A ideia de montar toda essa estrutura de fortalecimento no Outubro Rosa é justamente ampliar o entendimento sobre a saúde feminina como um todo. Mais do que um foco direcionado ao câncer de mama, a proposta é conscientizar sobre o cuidado integral com o corpo e com as emoções. O grupo multidisciplinar se organiza para trazer a sociedade civil, para participar e dividir um pouco de alegria em um momento que, por vezes, é bastante desgastante. Arte, música, leitura trazem muito benefício para quem está na trajetória do tratamento oncológico”, afirmou.

Esperança e música

Para a enfermeira Virginia Corrêa, uma das idealizadoras do “Cante Esperança”, o projeto nasceu do desejo de oferecer leveza e conforto aos pacientes em tratamento.

Cantores se apresentam no OncoBeda

“Ele surge com uma vontade muito grande de trazer leveza. A gente sabe que a jornada de quem enfrenta o câncer não é fácil, e trabalhar com prevenção dentro da oncologia também é um desafio”, explicou.

Segundo Virgínia, a proposta deste ano foi unir a campanha de conscientização com um gesto simbólico de fé e esperança. “Dessa vez, quisemos trazer momentos que aumentassem a fé de cada um, que despertassem esperança. Pensamos na música como uma forma de terapia para esse momento tão delicado. “Foi maravilhoso. Tivemos muitos pacientes de radioterapia, de quimioterapia e também das consultas. Foi muito gratificante ver como eles participaram, se emocionaram, sorriram e agradeceram. Pacientes que estavam em momentos difíceis puderam curtir, bater palmas, cantar, com um sorriso no rosto”, contou.

Enfermeira Virgínia Corrêa

A professora Michele Tavares faz tratamento no OncoBeda há cinco anos. Ela aprovou a inclusão de música e arte na programação, como forma de levar alegria e conforto durante o tratamento do câncer.

 “É muito importante conhecer o próprio corpo, perceber se há algo diferente, se tocar e não ter medo de procurar ajuda médica. Quanto mais cedo descobrir ou descartar a possibilidade, melhor será e maiores as chances de cura”, afirmou.

Professora Michele Tavares

Diagnosticada em 2020, Michele conta que aprendeu a viver um dia de cada vez. “Faço uso de medicações de controle e tento levar a vida da melhor forma possível. Tenho acolhimento no Oncobeda. Desde o porteiro até as meninas da faxina, todos nos tratam como seres humanos, entendendo nossa subjetividade, nos acolhendo e abraçando. Isso é fundamental, porque nós não somos a doença, somos pessoas, com sentimentos e histórias. Eu venho pra cá feliz e me sinto importante. Isso significa muito pra mim. Hoje, no Dia do Professor, mesmo longe da sala de aula, agradeço a Deus pela oportunidade de estar viva e de ter acesso a esse tratamento”, conclui.

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