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Rodrigo e Leonardo Araújo Guimarães: dois irmãos e um espaço único

O Duo que coloca Campos como referência na cirurgia plástica

Entrevista
Por Aloysio Balbi
13 de outubro de 2025 - 0h01
Foto: Arquivo Pessoal

Eles carregam em suas certidões de nascimento e nos diplomas de médicos um sobrenome de peso na medicina de Campos. Filhos do médico Luiz Clovis Bittencourt Guimarães, Rodrigo, 41, e Leonardo, 44 anos, cirurgiões plásticos, formam um duo perfeito, tanto que deram esse nome – Espaço Duo – ao lugar onde somam o que existe de mais moderno em equipamentos e práticas neste tipo de medicina.

Se as belas praias cariocas de Ipanema e Leblon têm ao fundo de sua paisagem como estética o morro Dois Irmãos, podemos dizer que Campos, uma planície, tem dois profissionais à altura no que existe de mais atual em cirurgia plástica. Eles fazem tudo juntos, desde operar até entrevistas. Então vamos a ela.

Até muito recentemente, a cirurgia plástica não estava ao alcance de todos. Como está a situação hoje? Ela está mais democratizada economicamente falando?
Leonardo – Acho que nas décadas de 80, 90, a cirurgia plástica era realmente um produto de luxo. Na década de 90 até 2000, 2010, até início da pandemia, a cirurgia plástica se democratizou de certa forma. No pós-pandemia, a gente começou a ver um movimento inverso. Não estou em momento algum dizendo que existe impeditivo econômico. Estou falando de novas técnicas que resultaram em um aumento no custo do procedimento e com resultados inovadores, como novas técnicas e tecnologias. A cirurgia plástica se democratizou, popularizou de certa forma, mas hoje ela começa a se subdividir. O conceito do procedimento mudou por não envolver somente o cirurgião plástico, mas toda uma equipe que começa a usar tecnologia, materiais e produtos que encareceram novamente a cirurgia plástica. Se eu pudesse te falar que sim, sim, ela popularizou, mas hoje a gente vai vendo um movimento que a cirurgia plástica está ganhando complexidade, tanto de técnica, de material, de um conjunto. Ela volta a ter um custo um pouco mais elevado.

Fala-se em financiamento para tornar esse procedimento mais ao alcance de mais gente. Pode falar sobre isso?
Rodrigo – Sim. Hoje em dia, como o custo subiu devido ao que foi agregado existe, sim, financiamento como consórcio. Como a gente estava falando anteriormente, são públicos diferentes, então existe essa modalidade de financiamento, porém vamos fazer uma ressalva: a cirurgia plástica não é só o procedimento em si e ela nos obriga a estabelecer um arco de cuidados em todo entorno do procedimento e isso é necessário. A gente costuma falar com os nossos pacientes para terem uma certa reserva, um cuidado nesse sentido. É preciso deixar claro que o custo não subiu. É que hoje, com tecnologia e esse necessário arco de cuidados em todos os níveis, resultaram em um procedimento mais complexo, com equipe multidisciplinar. O que entregamos hoje aos clientes é de alta qualidade, o que envolve uma gama de fatores como já citado. A gente sempre orienta os pacientes a se prepararem financeiramente e não fazer as coisas no impulso, mas fazer isso com muito cuidado, muito pensado e programado.

As pessoas estão vivendo mais, a tal longevidade. Qual é a hora boa da pessoa começar a se preparar para uma cirurgia estética nesse nível?
Leonardo – Vamos dividir entre cirurgia corporal e cirurgia de face. Cirurgia corporal como mama e abdômen, está muito mais relacionada à gestação, aumento, variação de peso. A hora ideal é a hora que incomoda o paciente, aquele momento em que a paciente teve uma gestação, está com uma flacidez no abdômen, a mama caiu. Então se a paciente tem esse incômodo e se ela está preparada emocionalmente, a hora é essa, ou seja, não existe uma data certa, uma idade correta. Quando a gente está falando de cirurgia de face, não. Na cirurgia de face o paciente tem que ter passado necessariamente por alguns processos de envelhecimento, que são um pouco mais tardios. Só que hoje, com novas técnicas, novas tecnologias associadas, você consegue fazer essa rápida e precisa. Antes, você ia fazer uma pálpebra num paciente de 60 anos. Hoje, você já vai fazer uma pálpebra com resultados excelentes, sem estigma, em um paciente de 45. Então tudo está relacionado ao quanto incomoda esse paciente e o que você pode fazer para poder agregar valor sem estigmatizar, sem deixar uma coisa muito pesada de resultados. É a observação dele que vai nortear esse momento exato. Sobre as pessoas estarem envelhecendo e ficando jovens ao mesmo tempo, essas avaliações já podem ser feitas a partir dos 40 anos, mas muitas vezes afirmamos que ainda é cedo. O mesmo não se aplica na corporal, onde o foco está na pós-gestação, principalmente a partir da segunda.

Nessa equipe multidisciplinar, o Espaço Duo contempla a Psicologia, Nutrição e outros segmentos?
Rodrigo – Sim, hoje a gente faz um trabalho multidisciplinar, com a Nutrologia e com a nutricionista, acompanhando todo o processo do pré ao pós. Neste contexto, entra a fisioterapia também, assim como a dermatologia, estabelecendo um tratamento para zerar cicatrizes, flacidez, etc. Então hoje a gente tenta ter um olhar global para esse paciente, oferecendo tudo relacionado a cirurgia plástica e seus avanços.

As mulheres continuam sendo a grande maioria?
Leonardo – Nosso público é mais de 90% feminino. Os homens fazem também, mas as mulheres bem mais. O que percebemos hoje em dia é que a gente teve um movimento há cinco anos de muita estigmatização, principalmente pelas harmonizações faciais, botox, muito preenchimento, boca grande. E agora, graças a Deus, a gente está voltando para uma normalidade ou menos exagero e cada vez mais naturalidade, tanto no rosto, na harmonização, quanto nos resultados corporais. Mas os homens estão aos pouquinhos aderindo, algumas cirurgias específicas como pálpebra, nariz, que são mais frequentes.

Com mais precisão, hoje as pessoas conseguem ver exatamente através de imagem como ficarão depois?
Rodrigo – Hoje em dia é sim possível. Parte da nossa consulta é uma simulação 3D. Na maioria das vezes a gente vai fazer isso para a mama. Então, por exemplo, uma paciente chega pra gente com uma mama que amamentou, está um pouco caída, a gente consegue botar uma prótese do tamanho viável, fazer uma elevação da mama, uma mastopexia, ou então a paciente tem uma mama grande, a gente consegue perfeitamente fazer uma redução da mama. A gente consegue mostrar para essa paciente um resultado muito aproximado. Hoje, para a gente isso não é ficção científica e sim uma ferramenta. Nosso padrão de tecnologia é alto. Essa simulação de imagem também é muito usada no nariz e para contorno corporal. Em alguns casos isso é um pouco mais limitado, mas para mama e nariz são excelentes.

E a tão famosa lipoaspiração?
Leonardo – Ela avançou muito. A lipoaspiração deixou de ser uma simples mangueira que vai chupar essa gordurinha, passando a ser um procedimento extremamente complexo, que envolve várias etapas. Então, hoje em dia, a gente retira essa gordura através de um aparelho que vibra, chamado vibrolipoaspirador, a gente aspira com um aparelho que vai fazer essa vibração. É toda uma sequência que difere muito dos procedimentos como antes vistos. Hoje usamos muitos equipamentos e conseguimos derreter a gordura. Posso afirmar que somamos todas as tecnologias de ponta aliada as melhores técnicas e práticas, o que significa segurança total para a paciente e o resultado excelente.

Segurança total então?
Rodrigo – Todo o nosso trabalho é precedido de um detalhado exame de risco cirúrgico. Uma avaliação rigorosa de todo o histórico da paciente, como doenças pré-existentes, peso, tudo. Em suma, existe todo um processo de pré-operatório. Então o preparo do paciente, a seleção do paciente é o mais importante. Todos os dias, no Hospital Dr. Beda, são feitas duas ou três cirurgias plásticas.

Vocês às vezes dizem não, ou seja, não é a hora?
Leonardo – Sim. Muitas vezes a gente diz não para o paciente, apontando que não é o momento ideal. Muitas vezes o paciente tem que perder um pouco do peso, essas coisas. O paciente é preparado pela nossa equipe durante todo o processo.

Com o Duo e um hospital como o Dr. Beda, você diria que Campos passou a ser referência em cirurgia plástica na região?
Rodrigo – Os colegas que abriram esse caminho e os que atuam em Campos primam por isso. Ter um hospital como o Dr. Beda aumenta a amplitude desta referência, pela excelência dos seus centros cirúrgicos. Alcançamos pacientes não só de Campos, mas de todo o entorno, incluindo Macaé e toda Região dos Lagos. Temos, inclusive, um protocolo nestes casos, para pacientes de outras cidades, com foco no conforto de sua estada.

O Espaço Duo foi mais uma vez patrocinador da corrida do J3News, com toda sua equipe participando. Isso é uma filosofia?
Leonardo – Sim. É exatamente isso. A gente bate muito nessa tecla. Nossa equipe tem essa filosofia, pregando um estilo de vida e isso tem tudo a ver com nosso propósito que vai além da estética, alcançando a saúde como um todo.