A revitalização da Bacia de Campos e a transição energética foram dois dos temas debatidos durante o I Congresso Brasileiro de Minas e Energia, realizado nessa segunda (22) e terça-feira (23), em Brasília. Campos foi representada no evento pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Energia e Inovação, Marcelo Neves.
Especialistas e autoridades do setor se reuniram no auditório do Ministério de Minas e Energia para discutir os principais desafios e oportunidades do mercado de energia e mineração no Brasil.
Representando também a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), que tem o prefeito Wladimir Garotinho na presidência, Marcelo Neves observou que a Bacia de Campos passa por um momento de revitalização, com picos de investimento em 2026 e entre 2029/2030. Ele alerta, no entanto, que pode haver um declínio a partir de 2031, caso não sejam exploradas novas fronteiras, como o pré-sal da região e os novos blocos.
“A revitalização dos campos maduros será importante para aumentar a produtividade dos campos existentes. Porém, é urgente colocar novos blocos em exploração”, ponderou. O secretário também citou a oportunidade de diversificação da economia, com foco na energia limpa, visando à transição energética.
“É fundamental que trabalhemos juntos para criar oportunidades de desenvolvimento sustentável e atrair investimentos para nossa região”, disse Marcelo, que também se reuniu em Brasília com o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Daniel Maia; o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Vieira Sousa; e o diretor de Políticas Energéticas do Ministério de Minas e Energia, Carlos Cabral.
Para Heloísa Borges, diretora da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, a Bacia de Campos precisa continuar atraindo investimentos. Ela cita como exemplo a oportunidade de relicitar alguns campos maduros atualmente concedidos à Petrobras, atraindo novos investidores para impulsionar a produção. Ela também defende o reaproveitamento da infraestrutura existente, impulsionado pelo desenvolvimento de novas tecnologias.
“A Bacia de Campos tem pequenas acumulações que não se viabilizam sozinhas, mas que são viáveis com aproveitamento das plataformas existentes. A gente estima que ainda exista 1 bilhão de barris de petróleo recuperáveis na Bacia de Campos”, afirmou.
O I Congresso Brasileiro de Minas e Energia foi uma organização do Fórum Nacional dos Secretários de Minas e Energia.
Fonte: Prefeitura de Campos