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Agosto Lilás no Hospital Dr. Beda reforça luta contra a violência à mulher

Evento da Medicina do Trabalho reuniu psicólogas e colaboradores para discutir formas de agressão e caminhos de proteção

Geral
Por Ocinei Trindade
20 de agosto de 2025 - 17h35

Palestra no auditório do Hospital Dr. Beda (Fotos: Isabel Calil)

A equipe da Medicina do Trabalho do Grupo IMNE organizou, nesta quarta-feira (20), um encontro no auditório do Hospital Dr. Beda dentro da campanha Agosto Lilás. O mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher contou com palestras das psicólogas convidadas Letícia Dias e Myllena Willeman. Dezenas de colaboradores de diferentes empresas participaram, fazendo perguntas e esclarecendo dúvidas sobre as diversas formas de violência contra mulheres, como identificá-las e denunciá-las às autoridades.

Para a enfermeira da Medicina do Trabalho, Cristiane Brito, é fundamental que o tema seja abordado ao longo de todo o ano, diante do elevado índice de agressões:

“O Brasil ocupa o quinto lugar no mundo em casos de feminicídio, por isso é essencial trazer essa discussão de forma delicada, colocando a mulher em um espaço de proteção”, afirmou.

Durante o encontro, as psicólogas ofereceram uma escuta protetiva e abordaram o tema de forma sensível, indo além da orientação sobre denúncias:

“Mais do que ensinar a denunciar, é preciso compreender o sentimento vivido por essas mulheres. A Medicina do Trabalho se coloca à disposição para acolher colaboradores que possam estar enfrentando situações de violência, oferecendo apoio e orientação”, ressaltou Cristiane.

A participação masculina foi destacada como fundamental. “É essencial que os homens estejam presentes, já que muitos praticam violência psicológica sem ter consciência disso. É importante que eles saibam o que estão fazendo e como tratar, de fato, uma mulher”, observou a enfermeira.

Enfermeira da Medicina do Trabalho, Cristiane Brito

A receptividade do público surpreendeu a equipe organizadora. “Não imaginávamos que as pessoas fossem se abrir tanto, compartilhando experiências que já viveram. Foi muito especial ouvir os depoimentos e perceber que algumas dessas mulheres superaram essas situações e hoje não convivem mais com a violência”, comentou.

São consideradas práticas agressivas contra a mulher: violência física (empurrar, chutar, amarrar, bater, atirar objetos, sacudir, apertar, puxar os cabelos); violência psicológica (humilhar, insultar, isolar, perseguir, ameaçar, constranger, chantagear); violência moral (caluniar, injuriar, difamar, expor, rebaixar); violência sexual (estuprar, forçar atos sexuais, impedir métodos contraceptivos, forçar matrimônio, forçar aborto); e violência patrimonial (impedir de trabalhar, reter dinheiro, destruir objetos, ocultar bens, furtar, extorquir, destruir documentos pessoais).

A informação sobre a Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e o serviço de denúncia pelo telefone 180 foi reforçada como essencial não apenas durante o Agosto Lilás, mas ao longo de todo o ano.