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Morre no Rio de Janeiro, aos 74 anos, a atriz Rogéria

A atriz, transformista e artista brasileira morreu em decorrência de uma infecção generalizada

Cultura
Por ASCOM
5 de setembro de 2017 - 10h40
Foto: A Língua

Foto: A Língua

Cantora, atriz, vedete, maquiadora, jurada, modelo. De todas as profissões que exerceu em 74 anos de uma vida que chegou ao fim na noite dessa segunda-feira (4) no Rio de Janeiro, Rogéria preferia mesmo era ser chamada de artista.

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Rogéria estava internada em um hospital na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. No início de julho, Rogéria foi internada na UTI da clínica Pinheiro Machado, em Laranjeiras, com uma infecção urinária. Após sofrer uma crise convulsão, seu estado de saúde piorou e continuou internada por duas semanas, respirando com a ajuda de aparelhos.

Rogéria voltou algumas vezes ao hospital, ao qual seu empresário, Alexandro Haddad, afirmou que estava dando continuidade às sessões de fisioterapia.

Carreira

Nascida em Cantagalo (a 200 km do Rio de Janeiro) em 1943, Rogéria cresceu na capital do Brasil, onde teve contato com as artes desde criança. Inspirada pelas vedetes de revistas, entrou no teatro. Começou a carreira na coxia, maquiando. Até que, incentivada por Fernanda Montenegro, Astolfo Barroso Pinto virava Rogéria, uma dama fluente em francês e em piadas rápidas, que fizeram Grande Otelo chamá-la de “Uma arma do humor”.

Rogéria usava o epíteto “A Travesti da Família Brasileira” para falar de si mesma, muitas vezes na terceira pessoa. Um título que conquistou com centenas de aparições no horário nobre. Esteve em “Viva a Noite”, “Tieta”, “A Grande Família”, “Sai de Baixo”, “Malhação”, e invadiu casas pelo país com seu gênero que embaralhava definições e mentes –ela se identificava como transformista, mas concedia liberdade poética: “Pode chamar de bicha mesmo”.

Foi também jurada das mais tarimbadas. Frequentou sets de Chacrinha a Luciano Huck. Participou de filmes como o “O Homem que Comprou o Mundo” (1968), “Gugu, o Bom de Cama” (1979), “Copacabana” (2001) e recentemente “Divinas Divas”, documentário de Leandra Leal sobre uma geração de transexuais e travestis que, durante a alvorada da Ditadura Militar, transformariam o entretenimento nacional com um novo gênero de teatro, em que transexuais, transformistas e travestis se apresentavam para um público médio que nunca tinha tido contato com elas.

 

Por: Folha UOL Lasix without prescription