A Guarda Civil Municipal (GCM) de Campos conta hoje com cerca de 640 agentes no efetivo, mas apenas 440 estão, de fato, na ativa. Os outros 200 estão afastados por motivos de saúde ou por terem sido cedidos a outros órgãos públicos. O número é bem menor do que há dez anos, quando o efetivo da corporação girava em torno de 900 agentes. Pelas ruas da cidade, a expectativa é do trânsito e segurança ganharem um reforço com a convocação dos 180 aprovados no concurso público realizado em 2023, o primeiro em duas décadas.
Os candidatos convocados estão sendo chamados para apresentação de documentos e exames admissionais até a próxima quinta-feira (15). O reforço deve permitir uma reestruturação das escalas de trabalho.
As informações são do comandante da GCM, Wellington Levino, que comentou sobre o momento da Guarda em reunião promovida pelo Conselho Comunitário de Segurança Pública e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) com órgãos de segurança para discutir soluções para segurança na área central de Campos. A reportagem especial do J3News do último domingo (11) mostrou que o número de assaltos a comércios na cidade mais que dobrou no primeiro trimestre deste ano, com 20 registros, contra oito no mesmo período do ano passado. Em 2024 inteiro, foram 38 ocorrências desse tipo.
“Hoje temos em torno de 640 agentes, sendo 200 que estão fora da atividade, seja por questão de saúde ou cedido a outros órgãos e instituições. Sobrando 440 agentes, que nós temos as questões particulares de cada funcionário e plantão. Não podemos garantir o que nós não temos. O que nós temos hoje é fluxo de extra para atender a alguma data específica. Com a vinda dos novos agentes, podemos melhorar a nossa atuação com relação a escala de serviço, porque hoje contamos com uma escala de 24 horas, onde o agente teve direito de descanso noturno, onde nós vamos reduzir para 12 horas, onde o agente vai poder atender a demanda de fato, como o contribuinte merece e precisa”, explicou.
Além do reforço no efetivo, a GCM trabalha com a possibilidade de retomar programas como o Regime Adicional de Serviço (RAS), que permite o pagamento de horas extras aos agentes, como em dias de folga. Apresentado em 2021, segundo o comandante, o projeto ainda não saiu do papel, mas segue em discussão com a Secretaria de Administração. Outro ponto destacado foi a parceria com a Polícia Militar, especialmente no modelo de policiamento organizado (POG), que funcionou entre 2014 e 2016. À época, a Guarda mantinha um ônibus-base fixo na Praça do Santíssimo Salvador, equipado com tecnologia de monitoramento. Hoje, o veículo segue em operação como base móvel em eventos, mas sem os equipamentos originais.
“Se o batalhão quiser retomar esse trabalho conjunto, como foi feito no passado, será uma honra. Mas, mesmo que isso não ocorra, vamos continuar com nossos agentes atuando na área central, que possa estar colaborando com a segurança das pessoas e melhorando também a questão do comércio, que nós sabemos que sem segurança o comércio não funciona”, afirmou Levino.