O Hospital Geral Dr. Beda, em Campos, recebeu na semana passada, uma comitiva de representantes de hospitais que fazem parte da Rede Madre composta por gestores de enfermagem, engenharia clínica e tecnologia da informação. Eles vieram conhecer a plataforma Integrare e as inovações tecnológicas implementadas no Beda em parceria com a empresa LifeMed. O encontro reforçou a posição do Beda como referência na integração de sistemas hospitalares, atraindo a atenção de instituições de outros estados interessadas na modernização de seus processos. A Rede Madre possui unidades no estado de São Paulo, Santa Catarina e Belo Horizonte (MG).
Martha Henriques, diretora administrativa do Grupo IMNE, destacou a importância dessa visita para o hospital. “Eles vieram justamente para conhecer a tecnologia que estamos implantando, que integra a monitorização dos ventiladores, o sistema UroLife, as bombas de infusão nas UTIs e o nosso RT, o Tasy. Com essa plataforma, todas as informações são registradas e enviadas ao faturamento automaticamente, sem necessidade de intervenção manual. Isso permite que a equipe de enfermagem dedique mais tempo ao cuidado direto com os pacientes”, explicou.
A executiva também ressaltou que a nova plataforma elimina o faturamento híbrido, que combinava registros eletrônicos e em papel. “Nosso objetivo é que, a partir de março, todas as informações sejam processadas diretamente pelo sistema, garantindo mais eficiência e segurança”, afirmou Martha.
O pioneirismo do Beda na implementação do Integrare foi um dos fatores que despertaram o interesse da Rede Madre. Segundo Martha, hospitais de grande porte, como o INCOR, em São Paulo, já utilizam a tecnologia, mas ainda não conseguiram testar sua integração completa. “Aqui, conseguimos implantar 100% do sistema, tornando-nos um modelo para outras instituições. Hoje, somos um tipo de showroom da LifeMed, onde tudo está sendo instalado e testado”, acrescentou.
A gerente de enfermagem da Rede Madre, em São José dos Campos, Tatiana Rodrigues, reforçou o impacto positivo do sistema na rotina hospitalar. “Estamos fazendo a transição para o Tasy (sistema de tecnologia da informação) e buscamos reduzir o tempo que a equipe de enfermagem gasta alimentando manualmente os prontuários. A integração dos equipamentos possibilita maior segurança e agilidade na assistência”, explicou.
Para a gerente, um dos maiores desafios enfrentados era a diversidade de equipamentos dentro das UTIs. “Aqui, vimos a possibilidade de integrar equipamentos de marcas diferentes em uma única central de monitoramento, o que facilita muito a operação”, disse Tatiana. A Rede Madre pretende implementar esse sistema em suas cinco unidades, começando pelos hospitais de São Paulo, seguido pelas unidades de Caraguatatuba e Santa Catarina.
Integração de equipamentos
O coordenador de engenharia clínica da Rede Madre, Emerson Ribeiro, destacou que a integração entre os equipamentos médicos e o sistema hospitalar garante mais precisão nos registros e minimiza a interferência humana. “Esse processo aumenta a fidelidade dos dados, essencial para a evolução dos tratamentos”, pontuou.
Já o gerente de TI do Hospital Pio XII, Douglas Bertoldo, ressaltou o papel estratégico desse intercâmbio tecnológico. “Sempre que implementamos uma nova solução, buscamos avaliar seus impactos na prática. O que vimos no Beda foi uma materialização bem-sucedida desse investimento, trazendo mais segurança e reduzindo erros operacionais”, afirmou.
Vinicius Carvalho, gerente de TI do Grupo IMNE, detalhou os avanços proporcionados pela LifeMed e pelo sistema Integrare. “Conseguimos conectar monitores, respiradores, bombas de infusão e até mesmo camas automatizadas, que monitoram o peso do paciente e seu posicionamento. Essas informações são enviadas automaticamente ao prontuário eletrônico, facilitando a tomada de decisões clínicas”, explicou.
Para ele, um dos diferenciais da plataforma é sua flexibilidade. “Diferente de outros sistemas que exigem equipamentos de um único fabricante, a LifeMed permite a integração com diferentes marcas, desde que tenham uma interface de comunicação compatível. Isso representa um divisor de águas, pois elimina restrições e amplia as possibilidades de modernização hospitalar”, finalizou Vinicius.
