Projetos de esporte, música, dança e teatro, cursos profissionalizantes e de inglês, orientação para a aprendizagem, atendimento médico, nutricional, psicológico, pedagógico e social. Todas essas atividades compõem a gama de serviços oferecidos de forma gratuita à sociedade pela Associação Bem Faz Bem, em Campos. A entidade completou 11 anos na última semana e hoje tem mais de 250 assistidos na cidade.
A proposta da iniciativa é promover a efetivação dos direitos das crianças, adolescentes e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social, residentes nas localidades de Goitacazes, Ururaí e bairros adjacentes.
Hoje com 24 anos e professora de judô na Bem Faz Bem, Karine Azeredo entrou na associação aos 15, como atleta. Ela vem se destacando nos últimos anos, representando da melhor forma não só o nome do projeto, como de Campos, Brasil afora. Hoje, ela é faixa preta e campeã em vários campeonatos estaduais e nacionais.
Em 2023, ela conquistou a medalha de ouro no Pan-Americano de judô e o bicampeonato Brasileiro Regional (Sudeste) do esporte. Agora, vai em busca de uma nova conquista: o Super Campeonato Brasileiro de Judô. A competição, filiada à Superliga Brasil de Judô e à International Judô League, será disputada nos dias 28 e 29 de setembro.
Na expectativa pela disputa de mais um ouro no esporte após a formação como atleta na Bem faz Bem, Karine destaca a importância do trabalho da organização para a sua trajetória:
“Comecei o judô na Instituição, no Projeto Judô do Bem, hoje sou a Sensei responsável pelas aulas no projeto Aprender Faz Bem. Portanto, a importância na minha vida é enorme, além de ser minha atual fonte de renda”, comenta.
A atleta destaca a relevância do trabalho social da entidade: “Quero seguir participando de campeonatos importantes, mas o principal é ver meus alunos progredindo no esporte e, mais ainda, socialmente. Muitas das crianças que foram criadas comigo hoje estão presas ou já se foram. Se tivessem conhecido a Bem Faz, talvez tivessem um futuro promissor”, complementa.
Reconhecimento
Através de ações solidárias e empreendedoras de promoção da cidadania por meio da educação e capacitação profissional, a Bem Faz Bem, desde a sua criação em 2013, prestou assistência a 85 mil pessoas até setembro deste ano. A caminhada de sucesso vem sendo reconhecida ao longo do tempo. Como destaca o presidente da Bem Faz Bem, Erivelton Almeida:
“A Bem Faz Bem conquistou por duas vezes (2015 e 2021), em âmbito nacional, o Prêmio Itaú Unicef. Uma demonstração de reconhecimento do nosso trabalho de grande relevância desempenhado na promoção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes no município”, pontua Erivelton.
O Prêmio Itaú Unicef visa apoiar Organizações da Sociedade Civil (OSCs) no aprimoramento de suas práticas e na ampliação de resultados de qualidade, por meio de formação, fomento financeiro e acompanhamento técnico.
Visando proporcionar aos assistidos senso de responsabilidade, disciplina, cidadania e ética na convivência familiar, social e profissional, a Associação Bem Faz Bem desenvolve hoje os projetos: Aprender Faz Bem (apoiado pelo Conselho Municipal de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente), Mãos do Bem – Consertos & Acertos (costura), Projeto Cidadania e Musicalização (aulas de violino e arco de viola), Esporte Faz Bem (pela Lei de Incentivo ao Esporte), entre outros. Um dos destaques é o projeto “Pensar Faz Bem”, que trabalha adolescentes como seres sociopolíticos.
São disponibilizadas aulas de capoeira, ballet kids, violino e viola (parceria com a ONG Orquestrando a Vida), dança, teatro, judô, futsal, vôlei, yoga, costura criativa e jardim comestível. Há, ainda, atendimento médico, nutricional, psicológico, pedagógico e social, além de diversas práticas de incentivo à sustentabilidade.