×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Eu no mundo

.

Eliana Garcia
Por Eliana Garcia
21 de abril de 2024 - 9h00
Foto: Arquivo J3News
Às vezes, me faço a pergunta: quem sou eu na fila do pão? Falo cá com meus botões sobre os meus feitos, malfeitos e os benfeitos para me entender nesse mundo.

Dentre os malfeitos está não ter gostado de pet há mais tempo. Eles são amigos leais. Um cãozinho feio em princípio, meio preto, meio cinza minou minha resistência. Felizmente!
Há outros malfeitos... Somos imperfeitos e não sou exceção. Talvez essa seja a graça da vida: aprender, errar, reaprender.

Tenho gosto imenso pelas letras. Como são matreiras! Como são faceiras! Elas me remendam e me reinventam. Dão sentido a minha estada por aqui. (É bom lembrar: estada: permanência de alguém em determinado local: estadia: tempo de permanência de um navio no porto.) Essas são as definições tradicionais de acordo com a língua formal. Porém, de acordo com o caráter dinâmico da língua, tanto faz usar uma palavra quanto outra como afirmam os dicionaristas brasileiros Antônio Houaiss e Francisco Borba.
Os feitos – espero que bem - são os trabalhos aos quais sempre dispensei carinho e dedicação.

Assim, caminho como uma formiga procurando dar conta das exigências modernas de um tempo, cada vez mais fluido, escorregadio e exigente. É justamente este aspecto desafiador do mundo atual que dificulta ser e responder, com sentido, às exigências desse tempo.
Penso que as respostas que tenho são velhas e ultrapassadas. São explicações que atenderam bem os anos 70, 80, 90…

E agora, que estamos presentes em todas as redes sociais, em vários grupos de whatsApp, ouvindo podcasts, horrorizados com tanta violência, desconhecimento e ganância?É uma vida coletiva eletrônica onde todos sabem de todos, mas estão tristemente sós trancados no quarto.

É o medo. Medo do outro, do mau uso inteligência artificial…

Temos amigos reais ou só virtuais? Há trocas significativas ou é um jogo exibicionista?

Estar no mundo atual é um desafio enorme. Cuidemos, pois!