Diretores do Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) promoveram na manhã desta segunda-feira (31) um trancaço nos acessos à base de Imbetiba, em Macaé, em protesto contra o anúncio feito pela Petrobras, na noite da última sexta-feira, de venda de 74 plataformas em todo o País, sendo 14 delas na Bacia de Campos.
De acordo com a entidade, a privatização destas unidades vai retirar da empresa uma receita de US$ 1 bilhão por ano, além de eliminar cerca de 10 mil empregos. “Estamos aqui em Imbetiba fechando todos os acessos para que a categoria petroleira perceba a gravidade deste anúncio. Precisamos enfrentar esses entreguistas e construirmos uma nova greve geral”, afirma o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.
O também diretor do sindicato, Rafael Crespo, lembra que a gestão da companhia vendeu dutos e refinarias, e agora “quer entregar a última fatia, a plataformas de produção”. Ele alerta que “a luta agora não é por um percentual de aumento, por um benefício, mas pelos nossos empregos”.
Para o diretor Antônio Carlos Pereira, mais conhecido como Bahia, “chegou o momento de unir a todos para o embate”. Segundo ele, “se nós continuarmos passivos, eles vão vender tudo o que existe de bom nesse País, vão sobrar apenas as migalhas, vamos nos tornar um País de pobres e miseráveis”.
O trancaço em Imbetiba começou às 6h e durou até às 9h. Além de Bezerra, Crespo e Pereira, participaram os diretores Alexandre Vieira, Benes Júnior, Alessandro Trindade, Sérgio Borges e Valdick Oliveira.
Ainda nesta segunda, a diretoria do Sindipetro-NF se reúne em caráter extraordinário para discutir outras formas de luta contra o desmonte da Petrobrás. O assunto também vai ser tratado por representantes de todas as bases do País durante o Confup (Congresso da Federação Única dos Petroleiros), que acontece desta quinta-feira (3) até o domingo (6) em Salvador.