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Rodrigo Bacellar analisa cenário das eleições municipais em Campos

Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro opina sobre gestão Wladimir, o futuro do Município e as parcerias estaduais

Entrevista
Por Clícia Cruz
21 de outubro de 2023 - 8h00
Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (Arquivo)

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, disputou a última eleição para deputado estadual pelo Partido Liberal. Recentemente, foi anunciada sua migração para o União Brasil. Independentemente da sigla, sua influência nas eleições de 2024 deve marcar as disputas em diversas cidades fluminenses, sobretudo sua terra natal, Campos dos Goytacazes.

Há vários anos, a imprensa noticia as intrigas e as discordâncias políticas envolvendo o clã Bacellar e o clã do ex-governador Anthony Garotinho. O próximo pleito municipal fará parte de um novo capítulo de disputas, com a corrida à Prefeitura de Campos, onde o atual prefeito Wladimir Garotinho, filiado nos últimos dias ao Progressistas, aparece com favoritismo diante de pesquisas iniciais com intenções de votos.

Rodrigo Bacellar é um dos entrevistados para a reportagem especial do J3News desta semana“O tabuleiro político para Prefeitura de Campos a um ano da eleição” (clique aqui). O presidente da Alerj analisa o cenário político, avalia o governo Wladimir e projeta 2024 no âmbito eleitoral.

Como o senhor e o seu partido estão se articulando para as eleições 2024 em Campos e em outras cidades fluminenses?

Estamos conversando com aliados no sentido de apresentar candidaturas majoritárias e nominatas fortes em diversos municípios do Estado.

O seu partido (União Brasil) planeja lançar candidato a prefeito em 2024?

Minha liderança política nunca é pautada de cima para baixo. A gente escuta os aliados, entende anseios da população, analisa pesquisas qualitativas e avalia os quadros políticos que podem contribuir no debate. Estamos nesse momento de construção e diálogo interno, mas com a certeza de que há espaço para o debate.

Como o seu mandato de deputado estadual pode ajudar numa possível candidatura em 2024?

A melhor forma de ajudar é seguir trabalhando. Eu nunca misturei nosso mandato com disputa eleitoral. Tanto que, mesmo nos momentos de maior crise política com o grupo do prefeito, nunca deixei de contribuir para o desenvolvimento da cidade. Como secretário estadual de Governo ajudei a levar obras importantes e programas como o Segurança Presente.

Como o senhor vê o governo Wladimir? Acredita que a atual aprovação pode dar a ele uma vitória no primeiro turno?

Um governo com erros e acertos. E não podemos deixar de destacar a importância decisiva do governo estadual desde o primeiro momento da gestão do prefeito Wladimir. Tem a digital do Governo do Estado no pagamento de salários dos servidores; tem Governo do Estado nos R$ 100 milhões para asfaltar e recuperar ruas; tem Governo do Estado na construção da nova emergência do HGG; tem Governo do Estado no Segurança Presente; tem Governo do Estado na reconstrução do Dique da XV de Novembro; tem Governo do Estado em praticamente todas as grandes ações de 2021 pra cá. Se buscar na história, não vai achar um governo estadual que se dedicou tanto a Campos como a gestão Cláudio Castro nesses três anos. Tudo isso ajuda muito a levantar a aprovação do prefeito e o coloca com muita força na busca pela reeleição.

O que precisa mudar e melhorar em Campos e por que uma possível candidatura do seu grupo político seria o diferencial nesta questão eleitoral?

Temos muitas cidades bem menores que são exemplo de inovação, turismo, geração de empregos e desenvolvimento. Campos parece parada no tempo quando o assunto é olhar para o futuro e se soltar de antigas práticas. Como podemos falar de turismo e inovação se nem o transporte público de Campos funciona adequadamente? São problemas crônicos que precisam ser resolvidos. É preciso oxigenação nas secretarias e diálogo com a sociedade. E não estou aqui dizendo que o meu grupo político tem todas as soluções. Entendo que o debate passa pela sociedade, ouvindo mais quem gera empregos, quem trabalha e quem não é ouvido pelo poder público há muitos anos.

Qual a proposta do seu grupo para Campos?

Como disse anteriormente, a transformação de Campos passa por um debate sério e aberto. Essa experiência como presidente da Assembleia Legislativa do Rio tem ajudado a abrir muito a minha mente. Tenho conversado com gestores de todo o país, tenho conhecido ações exitosas em vários setores. Campos tem um potencial gigante e as transformações vão muito além de um nome, de um grupo político.

Qual é a marca de Campos hoje? Não tem. Não é cidade das indústrias, não é exemplo em transporte, não tem uma marca na Educação, não tem marca na Cultura, não tem marca no Esporte, não é exemplo em geração de empregos. Por isso, como secretário estadual de Governo, fiz questão de colocar Campos como a primeira cidade do interior a receber o policiamento de proximidade do Segurança Presente, e trabalhei muito para que indústrias escolhessem Campos para se instalar. E vale destacar que não acho que só o meu grupo político tem os caminhos e as soluções. Para fazer Campos funcionar, é preciso juntar ideias, sociedade e agentes políticos de correntes das mais variadas.

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