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Marquinho Bacellar fala com exclusividade ao J3News; o presidente da Câmara de Campos cita Wladimir e projetos para o mandato

O parlamentar disse que o momento de pacificação servirá para unir forças em favor do crescimento econômico da cidade

Política
Por Ocinei Trindade
4 de janeiro de 2023 - 13h18
Presidente da CMCG, Marquinho Bacellar (Fotos Ocinei Trindade)

O presidente da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes, Marquinho Bacellar, esteve no Sistema de Comunicação J3News nesta quarta-feira (4). Ele concedeu uma entrevista ao vivo aos jornalistas Julio Tinoco e Cintia Barreto, no telejornal Radar Regional. O parlamentar também conversou com a reportagem do site J3News. Bacellar falou sobre projetos para o seu primeiro mandato na Presidência da CMCG em 2023 e 2024; relacionamento com o prefeito Wladimir Garotinho; pautas que devem ser discutidas e aprovadas a partir de 15 de fevereiro, quando termina o recesso parlamentar.

Agora, oficialmente empossado presidente da Câmara de Campos, que expectativas tem para 2023 e 2024?

São muito boas. A gente espera retomar a Casa com o povo ali dentro, pois a Casa é do povo, precisa da presença do povo. Acho que com a pressão popular, a gente evolui e consegue fazer o melhor para todos. Nosso objetivo maior é dar mais transparência aos trabalhos, dar qualidade aos funcionários da Casa. Um ambiente favorável é fundamental para o crescimento.

Há prioridades nesse início de mandato como presidente?

Existem algumas pautas que ficaram pendentes no ano passado. Cito, entre elas, as contas das gestões dos ex-prefeitos Rosinha e Rafael Diniz; projetos de vereadores que estão sendo reapresentados para serem pautados; e, o principal desafio do governo junto com a Câmara, o reajuste salarial dos servidores. Precisamos traçar algum caminho para realmente fazer justiça com os servidores e os aposentados. Essa pacificação vai ser fundamental para entendimento e soluções que precisam para ajudar a população.

E, por falar em pacificação, o senhor cita sobre rever aprovação das contas dos prefeitos anteriores. Isto pode de alguma fora comprometer esse clima de pacificação?  

Acredito que não. O entendimento foi muito bem feito e costurado. Demorou para chegar ao entendimento. A pacificação tem que ser no montante, em algo muito maior, no benefício à população e acabar com aquelas brigas que havia ali dentro da Câmara. Isto não envolveu conta de prefeito algum. Ali será de forma natural. Irão para a pauta o que é de entendimento de cada vereador. Não acredito que haverá influência.

Em relação aos vereadores, o clima de divisão e oposição muito marcada vai continuar? Como deve ficar a convivência entre vocês?

Espero que a convivência melhore, que seja mais harmônica, pois o clima ficou bem ruim no ano que passou. Mas, a oposição continua com 14 vereadores e acredito que assim será. Continuaremos trabalhando, pressionando o prefeito para que ele evolua, para que a cidade cresça. E, dentro da Câmara, tendo 11 vereadores da base do governo e que se entende que poderia ser oposição a mim como presidente da Casa, eu acho interessante também. Sempre digo que toda função precisa de oposição, pois te mostra e faz evoluir e crescer. Dentro do jogo (político), jogando na bola é fundamental para o crescimento de todo mundo.

O seu irmão, o deputado estadual Rodrigo Bacellar, está no governo do Estado. Há expectativa de que ele concorra à Presidência da Alerj. Como fica essa relação com Campos e com a Câmara? Isto ajudaria de que modo?

Acho que influencia de todas as maneiras. Hoje, temos um governador (Claudio Castro) muito atuante em Campos, algo que não se via há muito tempo. Isto se deve, lógico, muito à presença de Rodrigo lá, sendo ele da terra. Nossos pedidos têm sido acatados e atendidos, tanto nossos, como vereadores, quanto do prefeito Wladimir Garotinho. Se Deus abençoar e se Rodrigo conseguir a Presidência da Alerj, é mais uma janela que se abre para ajudar nossa cidade. Acho que essa união, esse entendimento, fará a cidade crescer muito. Nós vivemos um momento único com essa união dos poderes. A economia está boa, perto da realidade que a gente viveu nos anos passados. Vivemos um momento que dá para reconstruir a nossa cidade.

Este é o seu primeiro mandato como vereador e já assume uma função muito importante que é a Presidência do Legislativo. Como se sente pessoal e politicamente? Há algum temor ou insegurança?

Acho que insegurança tem que ter. O medo tem que ter. Faz parte. Eu não sei tudo, mas estou pronto para tudo. Eu não sabia o que era ser vereador, apesar de viver no meio político, mas sei que estar à frente, em uma cadeira de presidente, é muito difícil. Estou aprendendo a cada dia. Acho que este é um orgulho para o nosso pai (ex-vereador e ex-presidente da CMCG, Marcos Bacellar). Neste primeiro mandato, nunca almejei ou imaginei ser presidente da Casa. Isto foi acontecendo naturalmente, graças à união do grupo dos 14. Estou pronto para qualquer desafio .

O que destacaria no seu início de gestão? O recesso parlamentar termina no início de fevereiro e o que deve ser marcado em 2023?

Destaco que o momento é muito favorável economicamente para a cidade. A gente tem que aproveitar esse período. Não sabemos o dia de amanhã. Em anos passados, vivemos tempos ruins com royalties zero. Campos sofreu muito e vem sofrendo as consequências disso ainda. A frase dessa pacificação foi comentada que é “vamos aproveitar o momento financeiro que o Estado do Rio vive, que a cidade vive”. Vamos reconstruir a cidade. O primeiro passo foi dado. O entendimento da parte do prefeito com a gente da Câmara de Vereadores, com Rodrigo Bacellar e com o governador Cláudio Castro. O segundo passo é a gente continuar trabalhando, arregaçar mais as mangas para reconstruirmos Campos.