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Pedestres relatam dificuldades para atravessar ruas no Centro de Campos

Entre as principais reclamações estão falta de sinalização adequada e ausência de guardas em pontos críticos

Geral
Por Clícia Cruz
22 de agosto de 2022 - 5h50
Perigo | Pedestres disputam espaço com carros apesar da faixa; sinal está sempre aberto em um dos sentidos

Desde a implantação do Corredor Norte-Sul em Campos, no final de abril, pelo Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), pedestres vêm relatando maior dificuldade para atravessar vias no Centro da cidade em razão de sinalização específica insuficiente ou inexistente, além da ausência de guardas em pontos específicos. Entre os pontos que geram mais queixas se destacam o cruzamento da rua Marechal Floriano com a avenida Nelson de Souza Oliveira, na altura da Receita Federal, onde os sinais não estão programados para se manterem fechados e possibilitar a travessia de pedestres; a avenida 28 de Março, na faixa de pedestres em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica do Norte e Noroeste Fluminense; a rua marechal Floriano, a partir do cruzamento com a Saldanha Marinho, em direção à 28 de Março; e o cruzamento da rua Ipiranga com a rua dos Goytacazes, na esquina do posto de combustíveis, onde foi retirado o semáforo e não há faixa.

Bruna relata que passa pelo cruzamento todos os dias e enfrenta dificuldades

No Centro da cidade, em frente à Receita Federal, a dificuldade dos pedestres e ciclistas é flagrante e a travessia não é segura, já que as pessoas precisam atravessar com o semáforo sempre aberto em um dos sentidos. Na manhã da última quarta-feira (17), nossa reportagem encontrou a comerciária Bruna Maria Moreira tentando atravessar de bicicleta para ir para o trabalho. Ela contou com o auxílio de um pedestre, que também atravessa correndo, para conseguir passar. “Todo dia é essa correria, isso aqui ficou horrível para a gente passar. Além de perigoso, ainda atrasa a gente, porque tem dia que a gente leva 15 minutos para conseguir atravessar. O fluxo de carro e moto é muito grande”, diz a trabalhadora.

No mesmo cruzamento, o trabalhador do ramo de reciclagem Rubenilson Caldeira, que ajudou Bruna a atravessar, demonstra preocupação. “Aqui realmente há necessidade de um guarda, porque o pedestre fica vulnerável. Eu consegui correr para atravessar, mas como uma pessoa mais idosa ou que tem dificuldade de se locomover vai passar aqui?”, questiona.

Soraia Souza diz que amigo se acidentou no local

Na rua Ipiranga com a rua dos Goytacazes, onde o semáforo foi retirado, a dificuldade é grande para atravessar porque os carros podem entrar tanto em direção à 28 de Março quanto virar à direita, para a rua dos Goytacazes. Desta forma, o pedestre pode precisar esperar muito tempo até que seja capaz de fazer a travessia. “Às vezes, não vem carro da 28 de Março, mas está saindo algum veículo do posto aqui na frente, então ficou um trânsito muito conturbado e perigoso para a gente, que precisa transitar a pé”, relata a estudante Eduarda Nunes.

No mesmo local, Soraia Souza relata que um amigo dela sofreu um acidente de moto no local, no último domingo. “Ele estava na mão dele, entrando na rua dos Goytacazes, e veio um carro na contramão e jogou ele longe”, conta a pedestre, que reclama que as mudanças precisam ser feitas com mais planejamento. “Retiram o sinal, mas não tem ordem no trânsito. Tem gente que vem desavisada, não presta atenção e acaba gerando acidente, sem contar que aqui a gente ficou sem local adequado para atravessar”, diz.

Outro problema flagrado pela reportagem foi o tráfego de caminhões de quatro eixos na área central, especificamente nas ruas Marechal Floriano e 21 de Abril, onde os veículos continuam trafegando sem receber nenhuma punição, ou orientação.

A Prefeitura de Campos informou, por meio de nota, que o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) está revendo as sinalizações e que os projetos serão reelaborados, a fim de evitar acidentes e melhorar ainda mais a malha viária da cidade.

A Guarda Municipal informa que tem monitorado o trânsito dos caminhões nas ruas da cidade. Desde maio, quando a estrada dos Ceramistas teve o fluxo de veículos interrompido para recuperação de uma ponte que está com a estrutura danificada, o tráfego ficou permitido em algumas vias. A Guarda pede que a população denuncie se os veículos de carga forem flagrados fora das principais avenidas. Os telefones da guarda são (22) 98175-0785 / 153.