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Com criação do União Brasil, vereadores de Campos analisam se ficarão no novo partido

Rogério Matoso e Marcione da Farmácia do DEM; e Nildo Cardoso e Bruno Vianna do PSL ainda não se posicionaram sobre a nova legenda

Campos
Por Ocinei Trindade
10 de fevereiro de 2022 - 8h34
Vereador Rogerio Matoso

Agora é para valer. O novo partido União Brasil, resultado da fusão entre o Democratas e o Partido Social Liberal, foi aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral na terça-feira (8). Com a fusão, o UB terá a maior  bancada na Câmara dos Deputados, com 81 cadeiras. O PT conta com 53 parlamentares. O novo partido terá cerca de R$ 160 milhões do Fundo Partidário. Em Campos dos Goytacazes, os vereadores do antigo DEM, Rogerio Matoso e Marcione da Farmácia, irão analisar se permanecerão no União Brasil. Os vereadores do antigo PSL, Nildo Cardoso e Bruno Vianna também estão em definição partidária. Se decidirem ficar no UB, formarão a maior bancada da Câmara Municipal.

Especula-se que, com a criação do União Brasil, muitos parlamentares de todo o país, filiados ao DEM e ao PSL, e, descontentes com a fusão das legendas, migrem para outros partidos. Eles poderão mudar de siglas no período de 3 de março a 1º de abril, na chamada janela partidária, sem risco de perder o mandato.

Marcione da Farmácia foi eleito pelo DEM

A reportagem conversou com os vereadores campistas Marcione da Farmácia e Rogério Matoso, eleitos pelo DEM. Ambos ainda não sabem se vão integrar os quadros do União Brasil. “Eu ainda não me decidi. Vou analisar o que farei no tempo devido”, resumiu Marcione.

Para Rogério Matoso, é preciso repensar partidariamente a melhor escolha neste momento.

“Vou conversar com o meu grupo político, com o presidente do diretório municipal do DEM, Eber Silva, além de verificar a legislação para tomar uma decisão acertada. Por um lado, a fusão pode ser benéfica, pois o Brasil tem muitos partidos, e isto causa, às vezes, confusão para o eleitor. Entretanto, os interesses do diretório nacional nem sempre afinam com os interesses estaduais e municipais. É preciso ter uma ideologia partidária e nem sempre isso ocorre no país”, diz o vereador Matoso.

Bruno Vianna e Nildo Cardoso foram eleitos pelo PSL em 2020

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A reportagem procurou pelos vereadores Bruno Vianna e Nildo Cardoso, eleitos pelo PSL em 2020. Em entrevista ao Jornal Terceira Via em  8 de novembro de 2021, ambos disseram, na ocasião, preferir aguardar a fusão com DEM e a criação do União Brasil, para depois definirem o futuro político dentro ou fora do UB (clique aqui). Bruno Vianna disse que acompanhou a aprovação do TSE, mas ainda aguarda conversar com o diretório do PSL.

“Ainda não conversei com ninguém das Executivas Nacional e Estadual. É preciso esperar e avaliar qual o projeto do União Brasil, e, depois de analisar, vou me posicionar se fico ou não no partido”, resume Bruno.

O vereador Nildo Cardoso do PSL está no Noroeste Fluminense cumprindo agenda política. Ele acredita que outras fusões partidárias devem ocorrer no país. Nildo pretende se reunir com Matoso, Marcione e Bruno Vianna nos próximos dias para definir qual a melhor decisão a ser tomada.

Palácio Nilo Peçanha, sede da Câmara Municipal de Campos (Foto: Carlos Grevi)

“Preciso aguardar as definições sobre quem estará à frente do partido União Brasil nos diretórios nacional, estadual e municipal. Afirmo que, pessoalmente, não tenho nada contra a Família Garotinho. Porém, se qualquer membro vier a se filiar, eu não fico no partido. Temos métodos diferentes de fazer pol´ítica. Tenho convite de pelo menos cinco partidos para ingressar. Prefiro aguardar e conversar com os três colegas vereadores”, destacou.

Com a criação do União Brasil, restam definir os nomes das presidências dos diretórios nacional, estaduais e municipais. O então presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, deve assumir a direção nacional do UB. No Estado do Rio de Janeiro, o PSL é presidido atualmente por Wagner Carneiro; e o DEM por Sóstenes Cavalcante. Em Campos dos Goytacazes, Eber Silva está à frente do DEM, e o vereador Nildo Cardoso preside o PSL. Ainda não se sabe quando os novos diretórios serão formados e definidos. O prazo máximo para mudança de legendas permanece em 1º de abril, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.