Com o intuito de protestar contra a reforma da Previdência Social, anunciada pelo Governo Federal, mais de 20 centrais sindicais saem às ruas de Campos nesta quarta-feira (15). A manifestação está marcada para às 9h, no calçadão do Centro, em frente à Caixa Econômica.
Entre os sindicatos que participarão do ato estão: Sepe, Sindicato dos Bancários, dos Correios, Sindipetro, Aduenf, Sindicato da Seade, Situperj, etc. De acordo com a diretora do Sepe, Graciete Santana, os envolvidos no protesto já estão confeccionando faixas e cartazes a fim de chamar a atenção da população para a medida proposta pelo atual presidente da República, Michel Temer. Artistas locais também devem se manifestar por meio da arte no protesto que deve acontecer até às 15h.
Esta quarta-feira (15) é o dia nacional de paralisação contra as propostas de reformas trabalhista e da Previdência Social do governo Michel Temer e a mobilização vai acontecer em diversas cidades do país.
Entenda
O atual governo argumenta que os gastos com a Previdência Social são crescentes e que o déficit do INSS em 2017 pode chegar a R$ 181,2 bilhões. Isso porque os brasileiros estariam vivendo mais e a população tende a envelhecer, fazendo com que os poucos jovens sustentem o regime previdenciário.
A proposta do governo fixa idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Com isso, todos os trabalhadores ativos serão afetados. Homens a partir de 50 anos e mulheres com 45 anos ou mais serão enquadrados em normas mais suaves, mas com tempo adicional para requerer o benefício. Já os aposentados e aqueles que completarem os requisitos para pedir o benefício até a aprovação da reforma não serão afetados.
Ao elevar a idade mínima do regime próprio da União, de 60 anos (homem) e de 55 (mulheres) para 65 anos para todos, o governo federal, automaticamente, aumenta as idades dos servidores de estados e municípios, do Judiciário e Legislativo.
O governo pretende mexer no cálculo e pressionar o trabalhador a contribuir mais tempo para melhorar o valor a receber. O benefício será calculado com base em 51% de 80% das melhores contribuições mais um ponto percentual a cada ano pago. Para se aposentar com 100% do benefício, será preciso contribuir 49 anos.
Com a mudança, a aposentadoria exclusivamente por tempo de contribuição no setor privado vai acabar. Valerá a idade mínima de 65 anos, mais um tempo mínimo de contribuição de 25 anos.