Começou dia primeiro de janeiro o segundo tempo do governo Rafael Diniz. A reportagem especial desta edição vem em forma de entrevista com o jovem prefeito que amargou durante o primeiro tempo do seu mandato uma baixa popularidade, diferente da alta que o elegeu no primeiro turno derrotando o grupo político mais forte do município e que o governou por décadas.
Rafael Diniz, no fundo, sabia que enfrentaria essa crise, pois tinha noção que pegaria um município com dívidas altas ao mesmo tempo em que a arrecadação de royalties do petróleo caía. O resultado prático disso é que Rafael teve que fazer uma ginástica financeira para pelo menos pagar em dia os funcionários estatutários e manter a máquina funcionando.
Aos poucos, na medida em que ia renegociando dívidas deixadas pelo governo anterior, como o contrato com a Caixa Econômica Federal que antecipou royalties do petróleo ao governo Rosinha, o governo Rafael foi respirando melhor, sem necessidade de oxigênio alheio.
O prefeito conta que passou a metade do seu governo no saneamento às dívidas do município, indo vária vezes a Brasília em busca de recursos, sem contrair nenhum outro empréstimo. Já no segundo semestre do ano passado, a constatação foi de que o pior havia passado e que a prefeitura de Campos era algo viável.
Agora, Rafael anuncia que o governo de direito passará a ser, de fato, com melhorias nas principais responsabilidades do município como Saúde, Educação e também transporte. Ele afirma que deve muito a sua equipe, que trabalhou intensamente para equilibrar as finanças.
Rafael mostra entusiasmo com esse novo momento de sua administração, mas frisa que a austeridade vai continuar e que o dinheiro será aplicado de forma criteriosa, dentro da lei de responsabilidade fiscal, como preconiza as melhores práticas da administração pública. Que venha o segundo tempo.