Com 2026 batendo à porta, os clubes da Região Norte Fluminense começam a projetar uma temporada de voos maiores no futebol estadual do Rio de Janeiro. O Americano mira a elite carioca, sonhando com a 1ª divisão. Goytacaz e Macaé subiram juntos para a Série B1 (3ª divisão) e querem mais um acesso para voltar à Série A2 (2ª divisão). Já o Campos Atlético retorna ao futebol profissional após um ano de licença e sonha com dois acessos no mesmo ano, para saltar da Série C para a B1 no mesmo ano.
Para a última edição impressa de 2025, a reportagem do J3News buscou as diretorias das quatro equipes, com o intuito de conhecer as análises e projeções de cada uma delas. As séries A2 e C são as primeiras a serem disputadas, com previsão de início entre os meses de abril e maio. Já a Série B1 tem perspectiva de começar no mês de setembro – assim como a B2 (quarta divisão).




Americano
O Glorioso olha para 2026 mais uma vez sonhando com o retorno à elite do futebol do Rio de Janeiro. O Alvinegro foi o último time da região a figurar entre os principais, jogando o Cariocão de 2019. O ano de 2026 será o primeiro que o Cano vai iniciar como SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A temporada atual foi marcada pelo processo de transição dessa virada de chave. Agora, a SAF de Felipe Melo e do Grupo Boston City começa o próximo ano pensando alto.
“Temos excelentes expectativas para 2026, sobretudo por estarmos com o tempo mais elástico para desenvolver nosso planejamento. Já estamos trabalhando para montar um elenco profissional competitivo ao nível de subir para Série A do Campeonato Carioca e buscar uma divisão nacional para 2027 através da Copa Rio. Vamos buscar o mais alto lugar nas competições, porque o Americano merece voltar ao lugar de onde nunca deveria ter saído”, disse o gestor da SAF hoje à frente do futebol do Americano, André Vitor Freitas.


Campos Atlético
Após um ano licenciado do futebol profissional, o Roxinho estará de volta em 2026. O J3 apurou que a Série C deve começar no dia 26 de abril. O clube projeta o seu retorno com um foco ambicioso: dois acessos em uma só temporada. Algo curioso que o calendário do futebol estadual do RJ permite. O Campos joga a Série C (5ª divisão) no primeiro semestre. Se subir, garante vaga na Série B2 (4ª divisão), para setembro do mesmo ano.


“Estamos nos organizando desde o mês passado, tendo como principal objetivo conquistar dois acessos e ter o time na 3ª divisão em 2027. Para isso, estamos trabalhando firme para liberar o nosso estádio. Jogar em casa é primordial para a gente. Desde que estou à frente do clube, sempre que tivemos sucesso jogando no Ângelo e Carvalho. Não por acaso, estamos invictos há 22 jogos lá. Em paralelo a isso, nosso elenco está sendo montado, assim como a comissão técnica. É sempre importante ressaltar que para tudo isso acontecer, precisamos de apoio. O campeonato é muito caro, independente da divisão que se joga”, enfatiza Márcio Reinaldo, presidente do Roxinho.


Goytacaz
O Goyta vai para 2026 com a moral lá em cima e as esperanças renovadas entre os torcedores. Depois de um ano licenciado, estádio sem poder receber público e uma série de dificuldades enfrentadas, o Alvianil da Rua do Gás deu a volta por cima e foi campeão da Série B2. O jogo do título ficou marcado pela volta da torcida e uma grande festa nas arquibancadas.
Agora, o Goyta sonha com um novo acesso em 2026 e com a permanência da vibe positiva no Aryzão. Após o título da B2, o prefeito Wladimir Garotinho chegou a afirmar que está alinhando uma parceria com o clube, hoje comandado pelo presidente Sérgio Alves e o vice-presidente Leandro Nunes, contando com a experiência de Ricardo Bóvio na direção de futebol.


Macaé
O Macaé Esporte completou em 2025 uma década do seu ápice, quando disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Mas, nos últimos anos, a realidade foi bem diferente. O Alvianil Praiano chegou a descer até a quarta divisão estadual. Mas, conseguiu o acesso, contando com uma nova gestão, a volta do ídolo e artilheiro Pipico, além do apoio do prefeito Welberth Rezende. Para 2026, as projeções giram em torno de seguir reestruturando o clube, tendo os resultados em campo como consequência.
“Hoje, estamos priorizando sanar parte das dívidas do clube. Já conseguimos 70%. A gente vem fazendo algumas reuniões com parceiros e investidores, para contribuir nesse projeto e algumas conversas já estão adiantadas. Montamos dois projetos incentivados para captação na Lei do ICMS e agora vamos em busca dos recursos. Temos um projeto a ser apresentado ao prefeito também, que já sinalizou o interesse em nos ajudar. Queremos recolocar o Macaé à elite do futebol carioca, desta vez mais organizado”, pontuou o presidente do Macaé, Cristiano Assis.