O ginecologista e obstetra Diego Azevedo atua em Campos dos Goytacazes em diversas unidades de saúde, incluindo o Beda Prime, a Maternidade Lilia Neves — sob sua coordenação — e em consultório particular. Ele destaca a importância da colposcopia, exame fundamental para a saúde ginecológica feminina. Trata-se de uma análise detalhada do colo do útero, da vagina e da vulva, feita com o uso do colposcópio, equipamento que amplia a visão das áreas examinadas. “É essencial para diagnosticar lesões intraepiteliais de alto e baixo grau, que podem evoluir para câncer cervical se não tratadas”, explica.
De acordo com o médico, ele realiza, em média, de 12 a 20 colposcopias por mês. O exame é indicado nos casos de alterações no Papanicolau, presença de HPV de alto risco ou surgimento de verrugas genitais. Ele alerta para sintomas que devem levar a mulher ao ginecologista, como coceira na região íntima, espessamento ou mudança na coloração da pele, além do aparecimento de verrugas ou escamas. “Esses sinais podem indicar alterações que merecem investigação”, afirma.
A colposcopia dura entre 10 e 20 minutos, e o laudo costuma ser emitido no mesmo dia. No entanto, quando há necessidade de biópsia, o diagnóstico pode levar até 30 dias. “A biópsia só é realizada quando há indícios visuais de lesões suspeitas. Nem toda colposcopia exige biópsia”, esclarece.
Especialista em Patologia do Trato Genital Inferior pela UNIFESP, Diego Azevedo também realiza atendimentos voltados para o diagnóstico e tratamento de doenças como HPV, candidíase, clamídia, líquen escleroso e psoríase na região vulvar. “A principal queixa ainda é o HPV. E hoje o tratamento mais eficaz é o uso de laser, embora também existam opções químicas e cirúrgicas”, ressalta.
Além da atuação clínica, ele também trabalha com Ginecologia Endócrina, área que trata os distúrbios hormonais ao longo da vida da mulher — da puberdade à menopausa.
“Essa especialização estuda os hormônios e as glândulas do corpo feminino, auxiliando no diagnóstico e tratamento de pacientes com ciclos menstruais irregulares, síndrome dos ovários policísticos, transição menopausal, menopausa e problemas de fertilidade”, explica o ginecologista.
A prevenção do câncer ginecológico, especialmente o de colo do útero, deve envolver a vacinação contra o HPV, o uso de preservativos e a realização de exames periódicos. O preventivo, o teste de DNA do HPV e a colposcopia são ferramentas importantes para a detecção precoce. “Cuidar da saúde ginecológica deve ser prioridade em todas as fases da vida da mulher”, reforça.
Outro tema abordado pelo especialista é a conização — procedimento que remove parte do colo uterino com lesão, utilizando bisturi frio, cauterização ou laser. Segundo ele, essa técnica é indicada em casos de alterações detectadas pela colposcopia. No entanto, o médico lembra que nem todo diagnóstico requer intervenção invasiva.
Em Campos, o ginecologista atende pelo Grupo IMNE às sextas-feiras, no Beda Prime. Ele orienta que o acompanhamento médico comece ainda na adolescência, com atenção personalizada às necessidades de cada fase da vida.
“A saúde é um dos nossos bens mais valiosos. Cuidar do corpo e da mente deve ser prioridade em todas as fases da vida. No caso das mulheres, isso inclui atenção especial à saúde ginecológica, que influencia diretamente o bem-estar, a autoestima e a fertilidade. Muitas doenças podem ser evitadas com atitudes simples: ir ao médico regularmente, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas e realizar exames preventivos. Um bom exemplo é o teste de DNA para HPV, que pode salvar vidas se feito com regularidade. Outro ponto essencial é o uso de preservativos, que previnem infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HPV, HIV e sífilis. A vacinação contra o HPV também é eficaz para prevenir cânceres do colo do útero, ânus, vulva e garganta”, conclui.