A demanda pela geração de mais energia e de forma menos impactante para o meio ambiente está em um acelerado crescimento, e Campos dos Goytacazes segue se destacando no Estado do Rio de Janeiro pela adoção de sistemas fotovoltaicos. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o município está em segundo lugar do Estado do RJ em Geração Distribuída (GD) de energia elétrica de sistemas solares, atrás apenas da capital. Segundo dados da Secretaria Municipal de Petróleo, Energia e Inovação de Campos, em 2024 houve 2.944 novos sistemas conectados na rede pública da empresa distribuidora de energia no município.
Para Gleidison Ferreira Gomes, sócio-diretor da Connect Engenharia Solar, o diferencial vai além da economia na conta de energia. “Em termos de tecnologia, não diria que energia solar é o futuro, e sim o presente. A sociedade tem se mobilizado cada vez mais para buscar energias renováveis, e já entendeu que a energia solar é barata e de longa duração. O fato de estarmos em uma planície facilita muito nosso trabalho, temos uma excelente incidência solar”, diz.
Quanto ao retorno financeiro, Adriano Rocha, proprietário da Sun Rocha, destaca que não há investimento hoje como um sistema de energia solar. “A economia é absurda: até 90% de redução na conta de energia do cliente, com uma média de 24 meses para a recuperação do investimento no sistema. E depois é só retorno, pois o valor da conta de luz sobe entre 7% e 14% ao ano”, aponta.
No início de maio, a Prefeitura de Campos anunciou um projeto de energia solar com armazenamento por baterias, por meio de um sistema off-grid, oferecendo mais autonomia à quem não tem acesso à rede elétrica tradicional. Com investimento estimado em R$2 bilhões, a usina promete gerar cerca de 3 mil empregos.
