Os municípios produtores de petróleo do Norte Fluminense recebem nesta quinta-feira (22) os repasses de royalties referentes ao mês de maio. Com aumento em relação ao mês anterior, Campos, Macaé, Quissamã, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana arrecadaram, juntas, mais de R$ 160 milhões. Para o mês de junho, a perspectiva indica uma tendência de redução, segundo especialista.
Macaé lidera a arrecadação regional, com R$ 80.200.970,14 – alta de 14,4% em comparação ao mês passado, quando o repasse foi de R$ 70.125.302,03. Campos foi contemplado com R$ 45.849.813,55, valor 12% superior aos R$ 40.975.658,78 recebidos em abril. Em Quissamã, o crédito foi de R$ 11.516.300,04, com crescimento de 8% sobre os R$ 10.664.185,39 de abril. São João da Barra também registrou aumento expressivo, passando de R$ 15.848.683,22 para R$ 18.148.850,30 – variação de 14,5%. Já São Francisco de Itabapoana recebeu R$ 4.300.113,18, um avanço de 21,1% frente aos R$ 3.551.314,96 do mês anterior.
Os valores foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e referem-se à produção de petróleo registrada em março. Mesmo com a alta em maio, de acordo com o Especialista em petróleo e Superintendente de Petróleo e Gás de São João da Barra, Wellington Abreu, cenário é ainda de instabilidade.
“Apesar deste resultado momentaneamente favorável, o cenário global segue marcado por elevada volatilidade. A cotação do petróleo, que se mantinha acima dos US$ 70 até março, sofreu uma queda expressiva, atingindo o patamar de US$ 60 no mês de abril, permanecendo até o presente momento oscilando entre US$ 60 e US$ 66. O impacto deve ser mais severo para os municípios da região Norte Fluminense, tradicionalmente dependentes das receitas oriundas da exploração de petróleo”, disse.
Ainda de acordo com Wellington, o repasse de junho será baseado no desempenho de abril e deverá refletir os impactos da paralisação da plataforma P-53.
“Para o mês de junho, a perspectiva indica uma tendência de redução mais acentuada, especialmente para os municípios de Campos dos Goytacazes, Macaé e Rio das Ostras, em decorrência da interdição da plataforma P-53 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), fato que compromete parte significativa da produção local”, afirma.