Uma coletiva de imprensa e uma apresentação no Teatro de Bolso nesta quarta-feira (21) marcaram o lançamento oficial da 12ª Bienal do Livro em Campos dos Goytacazes. O evento literário foi confirmado por Fernanda Campos, presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, de 30 de maio a 8 de junho, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop). Integrantes do governo municipal participaram do encontro que reuniu escritores, artistas e jornalistas. A curadora da Bienal, Suzana Vargas, participou do lançamento por meio de videoconferência.
Com um investimento total estimado em R$ 2,5 milhões, o evento volta a ocupar lugar de destaque no calendário cultural do município, oferecendo uma programação diversificada que reúne literatura, arte, música e formação educacional. A Bienal tem como tema “Descobertas e Reencontros”, e conta com patrocínio integral da iniciativa privada, por meio da Lei Rouanet.
As empresas Ferroport e Ecourbis, esta por meio da Vital Engenharia, são as patrocinadoras do evento. “São empresas que acreditam no poder transformador da cultura e da educação, e no quanto o turismo pode movimentar nossa cidade”, afirmou Fernanda, em nome do prefeito Wladimir Garotinho.
As expectativas para a Bienal são as melhores possíveis, segundo a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Fernanda Campos. Ela afirma que o evento vem sendo cuidadosamente planejado para mobilizar não apenas a cidade de Campos, mas toda a região Norte Fluminense. “A gente está trabalhando incansavelmente. Temos total certeza de que será um grande sucesso. Esperamos todo mundo na 12ª Bienal — um espaço de descobertas e muitos reencontros”, disse.
Entre as principais novidades desta edição está a valorização dos escritores locais. Autores campistas — tanto independentes quanto ligados às academias literárias — estarão presentes com estandes próprios para venda de livros e também com participação ativa em mesas de debate e na programação cultural. Pela primeira vez, esses autores também serão contemplados pela política pública, com um vale-livro que antes era limitado a editoras e nomes de fora.
Cerca de 10 mil estudantes da rede municipal, estadual e privada, além de alunos de municípios vizinhos, serão beneficiados com vales de R$ 40 para aquisição de livros no evento. “A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia destinou R$ 800 mil do orçamento para garantir o acesso dos estudantes e dos servidores públicos à literatura e às atividades formativas da Bienal”, informou a subsecretária de Educação, Rita Abreu.
A programação oficial inclui autores consagrados nacionalmente, como Conceição Evaristo e Gregório Duvivier, entre outros nomes que estarão em mesas de debate sobre temas diversos:
“É difícil escolher um só. A Bienal em si já é um presente cultural, não apenas para a cidade, mas para toda a região. É um evento que une cultura, turismo e educação”, destacou Edvar Júnior, subsecretário de Turismo.
Outro destaque será a exposição em homenagem ao cartunista, escritor e artista Ziraldo. O acervo do artista morto em 2024 foi cedido à cidade por meio do Instituto Ziraldo e será exibido durante a Bienal, podendo, posteriormente, circular por escolas e centros culturais do município.
“Ziraldo é um nome fundamental para a cultura brasileira. Ele concebeu a arte da primeira Bienal de Campos, esteve presente nas edições de 2010 e 2012, e agora retorna como nosso grande homenageado”, explicou Fernanda Campos.
Com uma praça de alimentação completa e atividades que vão até a noite, a Bienal também quer se consolidar como espaço de convivência, lazer e celebração da cultura. A organização espera a presença maciça do público geral no turno da tarde e à noite, além da participação em peso dos estudantes durante o dia. “Vamos valorizar a prata da casa. Isso é uma ordem expressa do nosso prefeito, que a gente cumpre com orgulho”, concluiu Fernanda Campos.