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Caminhada no Centro de Campos alerta para o combate à exploração sexual infantil

Ação levou mensagens de conscientização às ruas da área central de Campos

Campos
Por Leonardo Pedrosa
16 de maio de 2025 - 11h55

Quem passou pela Praça Santíssimo Salvador na manhã desta sexta-feira (16) se deparou com as ruas tomadas por uma onda laranja e branca. A cores simbolizaram a luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes durante a caminhada em alusão ao 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil.

A ação foi promovida pelo SEST SENAT e contou com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Centro Juvenil Salesiano, Guarda Civil Municipal, Lions Clube e representantes da sociedade civil. “Seja você também um agente de proteção. Denuncie”, dizia uma das faixas carregadas pelos participantes.

A concentração aconteceu na Praça, próximo ao chafariz, com informações e palestras sobre o tema, serviços como aferição de pressão arterial, testes de glicemia e cálculo do índice de massa corporal, distribuição de kits lanche, camisas, brindes, entre outros. A mobilização também dialogou com o Maio Amarelo, campanha que traz conscientização para um trânsito mais seguro.

A diretora do SEST SENAT em Campos, Rayanna Siqueira, reforçou a importância do envolvimento da população. “Essa data ficou marcada por estatísticas muito ruins. Então o SEST SENAT tem uma grande responsabilidade social de levar a conscientização sobre os cuidados e sobre a necessidade de denunciar. Então essa ação de hoje está sendo feita em todo o estado pelas unidades do SEST SENAT e aqui em Campos fizemos o trajeto da Praça São Salvador até o Chácháchá para realmente abranger uma grande parte da população, deixar todos cientes do que eles precisam contribuir sendo agentes protetores também”, explicou.

Rayanna Siqueira, Diretora

A iniciativa integra o Projeto Proteção, desenvolvido em Campos pelo SEST SENAT em parceria com a Childhood Brasil, por meio do Programa Mão Certa. O foco é o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, uma realidade em todo o país, especialmente nas regiões próximas a rodovias federais e postos de combustível, como é o caso de Campos, de acordo com o Ministério Público do Trabalho e a PRF.

Segundo a PRF, o mapeamento dos pontos vulneráveis é feito a cada dois anos por meio do Projeto Mapear. A agente Adriana Karkow ressalta que o trabalho de prevenção é essencial.

“São pontos que a gente tem a desconfiança pela movimentação e pela circulação de pessoas, e o que queremos, enquanto segurança pública, é a proteção integral da criança adolescente. Além do combate, trabalhamos também com a conscientização. Eventos como esse, onde a gente participa com parceiros e empresas, falamos sobre o projeto e a atuação na área de direitos humanos. Acreditamos que, por meio da educação, junto com a repressão a esse tipo de crime, a gente consiga zerar os números”, afirmou.

Adriana Karkow, à direita

Para denunciar casos de abuso ou exploração sexual, é possível ligar para o Disque 100, acionar o Conselho Tutelar, a Polícia Militar ou registrar a denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e Adolescente. Também há canais digitais como a plataforma SaferNet e o site denuncie.org.br