Um grupo de médicos e enfermeiros especialistas em dor, da cidade do Rio de Janeiro, esteve em Campos dos Goytacazes na última semana para conhecer o Hospital Dr. Beda e outras empresas que integram o Grupo IMNE. A médica anestesista Mariana Junqueira e parte de sua equipe foram recepcionados pelo diretor-presidente do IMNE, doutor Herbert Sidney Neves, pela diretora administrativa Martha Henriques e pelo médico e coordenador de UTIs do Beda, doutor Bruno d’Ávila. Entre os objetivos da visita, apresentar alguns dos serviços médico-hospitalares que são referência na cidade e no Norte Fluminense. Os avanços da medicina e a alta tecnologia fizeram parte da pauta do encontro com os profissionais.
A médica anestesista Mariana Junqueira é integrante da equipe do Hospital Copa Star e coordenadora do Centro de Estudos da Clínica São Vicente, na capital do Rio de Janeiro. Ela veio acompanhada das também anestesistas Karen Faria e Carla Maria Santana, além da enfermeira Luana Dantas, todas com atuação voltada ao tratamento da dor. O grupo contou ainda com a presença do médico radiologista e intervencionista Renan Marchesi, que integra a equipe do doutor Daniel Kanaan, do Copa Star.
O primeiro encontro de uma agenda intensa aconteceu na sede do Beda Prime, um dos mais novos empreendimentos em saúde do Grupo IMNE, com a participação de seu diretor-fundador, Herbert Sidney Neves.
“Eu me sinto muito satisfeito por recebermos profissionais médicos especializados em nossa sede, para mostrarmos um pouco do que tem sido feito em termos de medicina de ponta em Campos dos Goytacazes, uma história que começou em 1975. O Hospital Dr. Beda tornou-se referência em diversos serviços nas últimas décadas, com reconhecimento nacional e internacional. Tanto é que, recentemente, a instituição foi agraciada pela segunda vez com o prêmio Top Performer, selo de alta qualidade em Terapia Intensiva. A nossa UTI está entre as 100 melhores do Brasil”, destacou o diretor-presidente.
A médica anestesista Mariana Junqueira é integrante da equipe do Hospital Copa Star e coordenadora do Centro de Estudos da Clínica São Vicente. Ela veio acompanhada das também anestesistas Karen Faria e Carla Maria Santana, além da enfermeira Luana Dantas, todas com atuação voltada ao tratamento da dor. O grupo contou ainda com o médico radiologista e intervencionista Renan Marchesi, que integra a equipe do doutor Daniel Kanaan, do Copa Star.
A diretora administrativa do Grupo IMNE, Martha Henriques, conduziu a visita pelos setores do Beda Prime, Hospital Dr. Beda, Setor de Hemodinâmica, Maternidade Lilia Neves, Centro Nicola Albano, Laboratório XY Diagnose, CardioBeda, OncoBeda, BedaLab, Nutrimed e Clínica Excelência. Também participaram das visitas guiadas os médicos Bruno d’Ávila, Reinaldo Ottero, Carlos Eduardo Soares e Ronaldo Cavalieri, que apresentaram os serviços de suas respectivas áreas, além dos gestores Latife Haddad (Central de Abastecimento Farmacêutico), Conceição Andrade (Emergência) e Antonio Ramos (Beda Prime).
Os profissionais visitantes também conheceram a sede do J3News, incluindo as instalações do jornal e da emissora de televisão. A recepção foi feita pelo diretor Fabio Paes. Durante a visita, a médica Mariana Junqueira concedeu uma entrevista ao jornalista e apresentador Julio César Tinoco. Ela falou um pouco sobre sua área de atuação, tratamento da dor crônica, algumas terapias, sua formação profissional e as pesquisas mais recentes que abordam temas relacionados à dor.
A médica anestesista Mariana Junqueira destacou alguns pontos sobre seu trabalho junto aos pacientes que sofrem de dores crônicas, e que ela ajuda a tratar com o apoio de vários profissionais que integram uma equipe multidisciplinar.
“É um grande desafio. A dor crônica, hoje, no mundo, tem uma prevalência de 30%, mostrando como é difícil o tratamento dessa condição. Não é um sintoma: a dor crônica a gente não considera mais como um sintoma, a gente considera que é uma doença, porque já alterou algumas áreas do sistema nervoso central, especialmente sobre a percepção de dor, sobre o limiar da dor — o que a gente chama de sensibilização central. Isso atrapalha o sono, o prazer de viver, a qualidade de vida. O paciente se torna mais irritado, mais ansioso, mais deprimido. Então, não é uma síndrome com apenas um sintoma, não é só a dor. E não adianta, também, na dor crônica, perguntar sempre para o paciente sobre a intensidade daquela dor, porque isso, pra ele, não tem muito sentido. A gente tem que entender se ele está conseguindo melhorar a qualidade de vida, se está dormindo melhor”, comenta.
De acordo com Mariana Junqueira, o tratamento da dor precisa ser multidisciplinar. “A gente precisa, muitas vezes, do apoio da fisioterapia, do apoio da psicologia, para o tratamento desse paciente. E, além disso, há poucos serviços que oferecem esse tipo de tratamento no Brasil todo”, cita. A médica complementa:
“A abordagem mais eficaz hoje seria combinar o uso de medicamentos com procedimentos minimamente invasivos, como esses em nervos, plexos e áreas de dor, além da radioterapia analgésica. A radioterapia avançou muito nos últimos anos, está muito mais precisa, e hoje temos protocolos de radioterapia analgésica voltados para as áreas tumorais. A qualidade de vida é um dos pilares que utilizamos para medir o sucesso no tratamento da dor crônica. Não adianta prescrever medicamentos em excesso, deixando o paciente acamado, nauseado, tonto, incapaz de sair de casa ou de exercer suas atividades”.
A comitiva que percorreu as diversas empresas e setores da área de saúde do Grupo IMNE pôde conhecer um pouco da história e dos serviços prestados na cidade de Campos e região. De acordo com os profissionais, a avaliação da visita foi considerada bastante positiva. “É a primeira vez que eu venho a Campos e fiquei muito impressionada com o IMNE. Devo dizer que o parque tecnológico, todos os processos do hospital, a acreditação hospitalar do Beda, realmente foram uma grande surpresa para mim e meus colegas, uma surpresa muito positiva”, disse Mariana Junqueira.
Entre as tecnologias de destaque, está a utilizada pela Unidade de Terapia Intensiva.
“Fiquei bem impressionada com o sistema que o CTI tem, que se chama Integrare, em que se vê o paciente em tempo real, sua criticidade, risco do paciente evoluir. Uma integração com o centro cirúrgico, onde o próprio intensivista pode ver o paciente em tempo real, como é que ele está se comportando durante a cirurgia. O parque tecnológico do hospital possui hemodinâmica com aparelho de última geração, a radiologia com tomografias, ressonâncias, porque a gente depende muito para tratar a dor de tecnologia adequada e de ponta. Isso faz diferença no tratamento”. A especialista complementa:
“Outra coisa que me chamou a atenção foi o serviço de radioterapia coordenado pelo Dr. Ronaldo Cavalieri, onde tem um aparelho também de última geração, muito preciso. Eu falo que quem trata da dor anda de mãos dadas com o radioterapeuta. A gente pode usar tanto a radioterapia para melhora da dor no câncer, com alguns protocolos analgésicos, como também tratar as sequelas do tratamento com radioterapia nos pacientes. Campos ainda não tem clínicas de dor especificamente. A região ainda é carente de um tratamento de dor multidisciplinar. Eu acho que há espaço para isso”, conclui.