A queda na cobertura vacinal do sarampo no Brasil reacendeu o alerta das autoridades de saúde. Em Campos, a cobertura da primeira dose da Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) atingiu 91,79%, mas a segunda dose segue bem abaixo do ideal (95%), com 68,11%. Apesar de não haver casos no município, a Secretaria de Saúde reforçou a parceria com a Educação para ampliar a imunização através do Programa Saúde na Escola (PSE). Além das visitas às escolas, agentes comunitários percorrem bairros mais afastados em busca ativa de não vacinados. Os meios de comunicação também têm sido importantes ferramentas de conscientização, de acordo com a Prefeitura.
A situação é semelhante em todo o estado do Rio: segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 86,69% da população tomou a primeira dose, mas apenas 68,23% a segunda. A campanha “Vai de Vacina, não vacila”, do governo do estado, busca conscientizar a população. Em São João de Meriti, onde dois casos foram confirmados em 2025, equipes da Vigilância Epidemiológica estadual e federal realizaram vacinação de casa em casa e capacitação dos profissionais de saúde.
Além das dificuldades logísticas e do acesso à vacinação em algumas regiões, um fator recente tem influenciado a queda da cobertura vacinal no Brasil: a desconfiança na vacina. Nos últimos anos, o aumento da disseminação de notícias falsas, desinformação e discursos antivacina tem gerado dúvidas e hesitação. Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é reconhecida como uma das mais eficazes estratégias para preservar a saúde da população.
Especialistas alertam que doenças antes erradicadas podem voltar caso a vacinação não atinja a cobertura ideal. O sarampo é altamente contagioso e pode causar complicações graves. Os sintomas incluem febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo.
A recomendação é manter a caderneta vacinal em dia e, ao surgirem sintomas, buscar atendimento médico imediatamente. A vacinação contra o sarampo é gratuita e está disponível nas unidades de saúde.
