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Sarampo: Saúde faz novo apelo para que pais e responsáveis vacinem os filhos

O Estado está em alerta diante de três casos confirmados da doença

Campos
Por ASCOM
18 de março de 2025 - 9h19

Apesar de todos os esforços e estratégias executadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), para garantir que as crianças sejam imunizadas contra o sarampo, a cobertura vacinal não está a contento. Enquanto a 1ª dose está em torno de 91%, a dose de reforço vem caindo consideravelmente, alcançando apenas 61%. O Estado está em alerta diante de três casos confirmados da doença, sendo um no município de Itaboraí e outros dois em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, infectologista Charbell Kury, explica que o sarampo é uma doença altamente transmissível e perigosa, capaz de levar à morte rapidamente. A infecção pode começar com febre, secreção nasal, olhos avermelhados, evoluindo para manchas no corpo e complicações graves como pneumonia, septicemia e encefalite. O especialista enfatiza que a principal forma de prevenção é a vacinação, que deve ser administrada em duas doses: a primeira com 1 ano de idade e a segunda aos 15 meses.

“Nos últimos anos, as fakes news prejudicaram a confiança nas vacinas, resultando em baixas taxas de cobertura vacinal. Em Campos, a cobertura da primeira dose atingiu 91%, mas a segunda dose ainda está em 61%, abaixo do ideal de 95% para garantir proteção coletiva. Com o aumento de casos de sarampo no Rio, é fundamental que os pais vacinem seus filhos para evitar surtos. A vacinação é segura e eficaz, sem efeitos colaterais graves”, reiterou.

Kury informou que um grande evento está sendo organizado para conscientizar sobre a importância da prevenção do sarampo. A ação tem parceria com a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, em conjunto com a Secretaria de Estado do Rio de Janeiro (SES) e outras entidades médicas. “Este encontro é para mostrarmos esses casos tão devastadores que já estão acontecendo no nosso Estado, e isso é resultado direto dessa falha da vacinação”, afirmou.

O Brasil recebeu, em 2016, a certificação de país livre da doença. Mas, devido às baixas coberturas vacinais, em 2018 ocorreu a reintrodução do vírus no país. Em Campos, de janeiro do ano passado até o momento, foram 20.285 doses aplicadas entre tríplice e tetra viral.

SUSPENSÃO DA DOSE ZERO DE TRÍPLICE VIRAL – O estado do Rio de Janeiro, desde 2019, recomendava uma dose de intensificação da vacina contra sarampo para bebês entre seis e onze meses, devido a surtos e baixa cobertura vacinal. Em 2024, como a cobertura aumentou e não há novos casos da doença, a recomendação foi alterada. Agora, essa dose de intensificação está sendo aplicada apenas em situações especiais, enquanto a vacinação padrão com a tríplice viral continua sendo realizada com 1 ano e 1 ano e 3 meses de idade. Adultos até 59 anos também podem receber a vacina se não tiverem comprovação vacinal, podendo fazer duas doses conforme a faixa etária.

QUEM PODE TOMAR:

Crianças: A vacinação contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A administração da primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade (tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola) e a segunda aos 15 meses (tetra viral– sarampo, caxumba, rubéola e varicela);

Pessoas de 5 até 29 anos devem tomar duas doses da vacina com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. A pessoa que comprovar 2 doses da vacina tríplice viral será considerada vacinada;

Pessoas de 30 a 59 anos de idade devem tomar uma dose da vacina. A pessoa que comprovar 1 dose da tríplice viral será considerada vacinada;

Trabalhadores da saúde: Devem receber 2 doses de tríplice viral, a depender da situação vacinal encontrada, independentemente da idade. Considerar vacinado o trabalhador da saúde que comprovar 2 doses da tríplice viral.

Fonte: SECOM/ PMCG.