×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Secretaria de Estado de Saúde adverte para cuidados com a pele no verão

Exposição indevida ao sol pode levar a envelhecimento precoce e doenças como o câncer, alerta Estado

Geral
Por ASCOM
19 de janeiro de 2025 - 11h45


Foto: Divulgação/Secretaria de Estado de Saúde do RJ

Durante o verão, é comum as pessoas ficarem mais expostas ao sol. Sem os devidos cuidados, essa prática habitual pode trazer sérias consequências à saúde. A mais drástica delas é o câncer de pele. Mas há outras.

“A exposição solar excessiva pode levar ao envelhecimento precoce, além de provocar manchas, queimaduras e doenças como ceratoses actínicas, que são lesões pré-cancerosas. Também pode causar alterações no sistema imunológico cutâneo”, explica o cirurgião plástico André Maranhão, médico-assessor da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.

Segundo o especialista, o câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e no mundo, e atinge, principalmente, pessoas com mais de 40 anos de idade, especialmente aquelas com histórico de exposição solar acumulada ao longo da vida e que não adotaram medidas preventivas consistentes. No entanto, ele adverte que, cada vez mais, há um aumento no diagnóstico de câncer de pele em pessoas jovens.

“Isso pode ser atribuído à maior exposição desprotegida ao sol, como a prática de atividades ao ar livre sem proteção adequada e o uso de câmaras de bronzeamento artificial, embora estejam proibidas no país, desde 2009, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, observa o médico.  

A principal causa do câncer de pele é a exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), seja diretamente do sol ou de fontes artificiais. Isso destaca a importância da fotoproteção regular. Mesmo em horários considerados menos agressivos, os raios UV estão presentes.

“Recomenda-se o uso diário de protetor solar com FPS 30 ou superior, chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV, além de buscar sombra sempre que possível”, orienta André Maranhão. Ele destaca que o horário mais seguro para exposição solar é antes das 10h e após as 16h. “Durante esses períodos, a radiação UVB, associada ao câncer de pele, é menos intensa”, diz.

Consequências do câncer de pele

As consequências do câncer de pele incluem desde cicatrizes e deformidades decorrentes do tratamento cirúrgico até metástases e pode levar à morte, nos casos de melanomas e carcinomas avançados.

“O diagnóstico precoce é crucial para minimizar danos e aumentar as chances de cura”, ressalta o cirurgião plástico. Ele acrescenta ainda que, durante o verão, com a intensificação da radiação solar, é recomendável o uso de protetor solar diariamente, inclusive em dias nublados. 

Ao longo das primeiras semanas de 2025, embora tenha feito calor, a chuva tem sido constante no estado do Rio. Em algumas regiões, os dias e as noites têm sido mais frescos do que costuma acontecer nesta época do ano. Contudo, ainda que o clima aparente estar mais ameno, é bom manter os cuidados.

“Mesmo em dias assim, os raios UV continuam presentes e podem causar danos à pele. Por isso, o uso de protetor solar permanece fundamental, além de outras medidas preventivas”, esclarece André Maranhão.

Riscos do bronzeamento artificial
Apesar de proibidas pela Anvisa, desde 2009, câmaras de bronzeamento artificial ainda estão em operação, de forma ilegal, e são procuradas, principalmente no verão, por quem quer ter uma aparência bronzeada.

“Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essas câmaras aumentam em 75% a chance de uma pessoa desenvolver o câncer de pele”, adverte André Maranhão. E ele completa que câmaras artificiais e uso de UV em excesso podem levar ainda à elastose solar, que é um envelhecimento de baixa qualidade, com enrugamento intenso da pele.

“Não se trata de questionar o tratamento com raios ultravioleta, sempre muito bem-vindos para fins medicinais, com acompanhamento de dermatologistas, no caso de vitiligo e outras alterações de pele. Ou mesmo tratamentos dentários específicos, acompanhados por odontólogos. São situações que nada têm a ver com fins estéticos de bronzeamento artificial. É importante que as pessoas estejam atentas a não procurar formas de embelezamento que podem fazer muito mal à sua saúde”, finaliza.

Fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro