A ação realizada pela Polícia Federal na sexta-feira(13), teve o objetivo de reprimir a prática criminosa de armazenamento e compartilhamento de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantil na internet. De acordo com o delegado da Policia Federal, Paulo Cassiano, o inquérito policial nasceu de um reporte feito pelo FBI, a partir da prisão de um pedófilo de nacionalidade portuguesa, o que se tornou colaborador da polícia. A investigação da Delegacia da Policia Federal, em Campos, sobre compartilhamento de material de pornografia infantil, identificou que um dos indivíduos da rede residiria em Campos.
A investigação teve início em abril deste ano, após a troca de informações com o FBI, que interceptou o compartilhamento de arquivos contendo cenas de abuso. A partir dessa colaboração internacional, a Polícia Federal identificou que o responsável pela posse e envio desses arquivos era um cidadão brasileiro, que os enviava para um destinatário localizado em Portugal.
Ainda de acordo com Paulo Cassiano, a colaboração do homem preso pelo FBI foi crucial. “Foi esse português quem fez a denúncia de vários indivíduos de nacionalidade brasileira envolvidos em redes de compartilhamento de registros pedopornográficos. A partir do afastamento do sigilo telemático, descobriu-se que o suspeito era usuário de conexão de internet vinculada a um endereço no Jockey Club. A partir disso, fiz uma representação por busca e apreensão domiciliar, na dupla perspectiva de identificar qual morador do imóvel era o efetivo responsável pela prática do delito e arrecadar elementos de prova que vinculassem o criminoso aos arquivos de pornografia”, informou Cassiano na manha desta sabado (14).
O mandado de busca foi cumprido na sexta (13), pela manhã. Ao contrário do que informou a equipe de comunicacao da PF, ninguém foi preso. Quando identificado, o suspeito será indiciado pela prática do crime de compartilhamento de pornografia infantil.
O delegado esclarece que o material arrecadado será encaminhado à perícia da Polícia Federal para análise. “É possível que a perícia recupere outros materiais compartilhados com outros indivíduos, e isso faça a investigação crescer”.