O mercado de inteligência artificial (IA) está em plena expansão, com projeções que demonstram um potencial econômico gigantesco. De acordo com estimativas recentes, esse setor movimentará aproximadamente R$ 1,3 trilhão nos próximos anos, com 85% das empresas propensas a investir em IA para transformar suas operações e ganhar competitividade. Pesquisas indicam que o uso de ferramentas de IA pode aumentar a produtividade em até 50%, tornando-se um diferencial competitivo para as empresas que adotarem esta tecnologia.
O mercado global de inteligência artificial tem experimentado crescimento exponencial. Em 2020, seu valor estimado era de cerca de US$ 62 bilhões e, segundo previsões da Grand View Research, deve crescer a uma taxa composta anualde 40,2% até 2028. Esse crescimento acelerado é impulsionado pela expansão de setores como saúde, finanças, varejo, educação e indústria, que já percebem a IA como uma tecnologia fundamental para alcançar eficiência, inovação e redução de custos.
Na prática, a IA está sendo aplicada em diversas frentes, como automação de processos, atendimento ao cliente, marketing personalizado e análise de dados. Empresas como Google, Microsoft e Amazon têm liderado o desenvolvimento de plataformas de IA e serviços de nuvem que facilitam a implementação de soluções para empresas de todos os portes. O impacto disso vai além de apenas economias de custo, já que eletem transformado dos modelos de negócios em direção a estruturas cada vez mais orientadas por dados.
Pesquisas indicam que 85% das empresas investirão em IA nos próximos anos, o que representa uma forte e clara tendência de adoção massiva. Isso ocorre principalmente em grandes empresas, onde as tecnologias de IA estão sendo vistas como uma vantagem estratégica. Por outro lado, pequenas e médias empresastambém estão percebendo os benefícios da IA, especialmente com a chegada de soluções mais acessíveis e simplificadas.
Esses investimentos não se restringem à aquisição de software e hardware. A capacitação de equipes e a reestruturação dos processos internos para a incorporação de IA têm sido igualmente relevantes. Organizações estão criando novos cargos, como cientistas de dados e engenheiros de aprendizado de máquina, e desenvolvendo uma cultura organizacional voltada à inovação. Essas mudanças são essenciais para garantir que as tecnologias de IA sejam aplicadas de maneira eficaz e que o potencial produtivo seja realmente alcançado.
Estudos mostram que o uso de ferramentas de IA pode aumentar a produtividade em até 50%. Esse aumento ocorre principalmente pela automação de tarefas repetitivas e pela melhoria, agilidade e facilidade na tomada de decisão. Em setores como o de manufatura, onde processos automatizados são predominantes, a IA tem a capacidade de otimizar a produção ao reduzir o tempo de inatividade e melhorar a qualidade final dos produtos. Já no setor de serviços, a IA tem ajudado a criar assistentes virtuais que respondem automaticamente às demandas dos clientes, melhorando a eficiência e a satisfação.
Outra oportunidade de aumento de produtividade com IA está no campo da análise preditiva. Por exemplo, em empresas de varejo, a IA consegue prever tendências de consumo e ajudar no gerenciamento de estoques, evitando perdas com produtos encalhados ou desabastecimento. No setor financeiro, algoritmos de IA estão sendo usados para detectar fraudes e automatizar processos de compliance, reduzindo os custos operacionais e permitindo que as empresas foquem em atividades de maior valor. Até a Receita Federal está utilizando uma IA para descobrir fraudes tributárias e análises do Fisco (O leão está mais ferós e com fome do que nunca).
A automação é uma das principais áreas de impacto da IA, e isso naturalmente levanta questionamentos sobre o futuro do trabalho. Estima-se que algumas funções mais repetitivas possam ser substituídas por máquinas inteligentes, principalmente aquelas que envolvem atividades repetitivas e de baixo valor agregado. Porém, é importante ressaltar que a IA também cria novas oportunidades de emprego, especialmente em áreas como desenvolvimento de algoritmos, gestão de projetos de IA e ética e regulamentação em IA.
A IA também é vista como uma aliada dos profissionais ao fornecer insights que facilitam o processo de tomada de decisão e permite uma atuação mais estratégica. O desafio está em promover programas de capacitação para os trabalhadores, ajudando-os a adquirir as habilidades necessárias para essa nova era.
Países que adotam a IA de forma ampla tendem a experimentar crescimento econômico acelerado. China e Estados Unidos, por exemplo, têm investido fortemente para liderar o mercado de IA, com políticas que incentivam a pesquisa e o desenvolvimento na área. Segundo relatório da PwC, a adoção da IA pode adicionar aproximadamente US$ 15,7 trilhões ao PIB global até 2030. Esse valor inclui ganhos em produtividade e aumento no consumo gerado pela democratização do acesso a produtos e serviços aprimorados por IA.
Para o Brasil, onde o setor de serviços, indústria de manufatura e comodities tem grande peso econômico, a IA oferece uma oportunidade de modernização e de aumento da competitividade. Empresas brasileiras estão começando a adotar IA em áreas como atendimento ao cliente, automação de processos industriais e marketing digital. Além disso, o governo brasileiro também tem demonstrado interesse em promover um ambiente favorável à IA, criando regulamentações para facilitar o desenvolvimento, uso de tecnologias inteligentes e investimento em geração de tecnologias.
O mercado de inteligência artificial já é uma realidade e não há como negá-la, e esta, está moldando o futuro da economia global. As empresas que adotam essa tecnologia não apenas aumentam sua produtividade como também criam uma vantagem competitiva em um mercado cada vez mais digital. Ao mesmo tempo, os desafios éticos e de regulamentação devem ser superamos para que o crescimento dessa economia seja de forma sustentável e inclusiva.