Campos dos Goytacazes ainda enfrenta dificuldades na área de saúde. Trata-se de uma realidade de grande parte das cidades brasileiras que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). O atendimento ao público; marcação de consultas médicas e cirurgias; acesso a medicamentos e exames costumam aparecer na lista de reclamações de usuários, mas também na abordagem de políticos. A reportagem do J3News questionou os sete candidatos à Prefeitura Municipal a respeito de saúde pública, seus maiores problemas e prováveis soluções, caso sejam eleitos no pleito de outubro.
Thuin (Coligação Liberdade, Emprego e Dignidade)
“Defendo a valorização do profissional de saúde, melhores condições de todas as Unidades Básicas de Saúde e o abastecimento digno para as mesmas. As UBs são de extrema importância para o desafogamento dos hospitais e emergências na rede municipal. A prevenção é o caminho para reduzir esse caos. Para diminuir as filas de exames e cirurgias, defendo parceria com hospitais particulares e filantrópicos, e um grande mutirão para amenizar o tempo de espera. Proponho a implantação da telemedicina e o resgate do Programa de Saúde da Família; plano de saúde para os servidores, onde a Prefeitura Municipal arcaria com 50%. Campos é uma cidade que dispõe de grande receita para saúde. Estudos provam que a cada dólar investido no esporte, são economizados 4 dólares na saúde. Defendo programas esportivos para todos. Prevenir é sempre melhor do que remediar”, conclui.
Dr. Buchaul (Novo)
“A saúde de Campos tem muitos problemas. Baixa cobertura de atenção básica; baixa cobertura vacinal; alto número de internações por causas sensíveis à atenção básica; alto número de mortes por causas evitáveis e alta mortalidade infantil. O quadro é de descaso ao longo de décadas. As soluções que apresentamos: extensão no horário de funcionamento das unidades de saúde; busca ativa para vacinação nas escolas e locais de trabalho; expandir a cobertura do Programa Saúde da Família até que atinja 100 % da população com atenção primária; implantar o sistema de telemedicina para acesso às consultas de especialidades não disponíveis na UBS; convênio com instituições privadas para exames e cirurgias (programa FILA ZERO); ampliação de centros de especialidades odontológicas; expansão das farmácias públicas e dos centros de reabilitação. Parcerias Público-Privadas para gestão e recuperação de da rede hospitalar.
Professor Jefferson (Federação Brasil da Esperança)
“Um dos problemas mais agudos da Saúde em Campos é o diagnóstico tardio, provocado pela demora na marcação de consultas e exames. Vamos implantar ferramentas que agilizem esse tempo para diagnosticar e fazer o tratamento precocemente. Teremos uma parte estratégica das Unidades Básicas de Saúde funcionando em regime de 24 horas, de segunda a segunda. A prevenção é a espinha dorsal da nossa política de Saúde. O Sistema contará com ambulatórios de Saúde Mental, demanda claramente reprimida. A Saúde Bucal não será secundária. Teremos equipes multidisciplinares, mais médicos e todos os profissionais da área de saúde. Vamos garantir medicamentos gratuitos para quem precisa. Construiremos um hospital oncológico municipal, com as verbas necessárias. Todos os dias dezenas de campistas deixam a cidade para tratamentos oncológicos em outros municípios. Isso vai acabar”.
Delegada Madeleine (Coligação Campos pode Mais)
“São tantos problemas que é difícil apontar o principal. Falta ordem na Saúde de Campos. Não existe controle de quantas pessoas são atendidas na UBS; não se sabe o quanto de medicamento há em estoque. As unidades básicas de Saúde se tornaram uma grande triagem de um sistema que não funciona. Tem UBS que não faz um exame de sangue básico. A partir de 1º de janeiro, iremos tornar o sistema de controle da Saúde digital. Precisamos ter acesso aos dados. Com a tecnologia, o cidadão marcará a consulta pelo celular e terá acesso aos exames e todo o seu prontuário. Vamos reformular o sistema de emergência de nossa cidade. Hoje, o HGG conta com apenas três médicos na emergência. Teremos, pelo menos, seis. Teremos um primeiro atendimento mais rápido, seguindo o protocolo de Manchester, sem sobrecarregar o médico que atua ali. A Saúde de Campos é feita de maneira amadora. Com muito trabalho e coragem enfrentaremos estes desafios. Eu irei resolver este problema”.
Wladimir Garotinho (Coligação o Trabalho só Começou)
“Quando assumimos o governo, a Saúde era o retrato do abandono. Conseguimos organizar o setor. São 40 Unidades de Saúde reformadas e reabertas. O Hospital Geral de Guarus ganhou nova emergência; número de atendimento de pacientes/mês subiu de 2 mil para 7 mil; um novo centro cirúrgico, além de 54 novos leitos de repouso. O Ferreira Machado foi renovado e ampliado, com nova emergência, UTI Pediátrica e novos equipamentos. Não há mais fila nos corredores. O município ganhou um Centro de Imunização. Estamos construindo um novo Hemocentro e uma Clínica Regional de Hemodiálise. Criamos ainda a primeira Unidade Básica de Saúde Animal). Com o Mutirão da Saúde, realizamos mais de 100 mil procedimentos. Implantamos o Programa SOS Coração com mais de 300 vidas salvas. Após criar a Clínica da Criança, vamos avançar para o Hospital da Criança. A UPH da Saldanha Marinho será a nova Clínica do Adulto. Morro do Coco terá a Clínica da Família e implantaremos novos Centros de Especialidades Odontológicas. Focaremos em mais conquistas e vitórias”.
Fabrício Lírio (Federação Rede/PSOL)
“A saúde pública de Campos precisa de uma gestão mais empresarial; ser pautado no custo/ benefício prestado à população. Não podemos mais conviver com eternas filas na marcação de exames e cirurgias. Estamos no fim do governo do atual prefeito e ele não conseguiu colocar em ordem a infraestrutura dos hospitais e postos de saúde da cidade. E, para piorar, falta atendimento médico e remédio para toda a população. Acredito que seja necessário investir na saúde da família. É preciso cuidar das pessoas antes que elas adoeçam. A administração pública na área de saúde precisa ser muito bem pautada, com transparência na marcação de consultas e exames, o que não ocorre hoje. O investimento de recursos é capaz de dar acesso para aqueles que precisam, independente de quanto vai custar. A saúde tem que ser prioridade”.
Pastor Fernando Crespo (PRTB)
“A saúde em Campos enfrenta desafios críticos, que impactam profundamente a vida da população. As unidades de saúde estão sobrecarregadas, os recursos são escassos e a infraestrutura necessita de modernização. É inaceitável longas filas e falta de atendimento adequado. Minha candidatura propõe um plano ambicioso e transformador para reverter essa realidade. Nos primeiros três meses de governo, realizaremos um diagnóstico detalhado para identificar as maiores carências e estabelecer metas claras. Vamos integrar tecnologia para otimizar processos e reduzir custos. Investiremos na expansão das unidades de saúde e na capacitação contínua dos profissionais, assegurando um atendimento de qualidade e humano. Com fé e determinação, estou comprometido em liderar essa mudança, trazendo esperança e dignidade para todos os moradores de Campos. Juntos, transformaremos nosso sistema de saúde, colocando o bem-estar de nossa comunidade em primeiro lugar”.