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Quem é quem na disputa pelo cargo de vice-prefeito

O que pensam e qual a importância dos nomes que pretendem ocupar a segunda cadeira do executivo campista

Especial J3
Por Ocinei Trindade
25 de agosto de 2024 - 0h06

Desde 2021, Frederico Paes (MDB) é o vice-prefeito de Campos dos Goytacazes. Ele concorre novamente ao cargo em 2024, na chapa de Wladimir Garotinho (PP). Os outros candidatos a vice este ano são: Oziel Batista (PSB) na chapa de Delegada Madeleine (União); Mayra Freitas (PCdoB) na chapa de Professor Jefferson (PT); Clodomir Crespo (DC) na chapa de Thuin (PRD); Isaac Vieira (Novo) na chapa de Dr. Buchaul (Novo); Vanessa da Enfermagem (PSOL) na chapa de Lírio (Rede); e Dr.Carlito (PRTB) na chapa de Pastor Fernando (PRTB). A reportagem perguntou a cada um dos sete candidatos a vice-prefeito sobre por que decidiu se candidatar; o que o eleitor pode esperar da campanha; e, se, caso, eleito ou eleita, como será o futuro mandato.

Em Campos, sete candidaturas concorrem à Prefeitura Municipal nas eleições deste ano. Com exceção de Wladimir, que disputa a reeleição, os outros seis candidatos são novidades na corrida ao Executivo. São eles: Madeleine Dykeman; Jefferson Manhães; Raphael Thuin;  Alexandre Buchaul; Fabrício Lírio;  Fernando Crespo. Se seus nomes ainda são pouco conhecidos dos eleitores, é provável que os candidatos a vice-prefeito também sejam. Alguns analistas consideram que a candidatura a vice é crucial e pode ajudar ou atrapalhar uma campanha.

A cientista social e analista política Simone Pedro apresenta o podcast “É sobre isso” na J3News TV. Para ela, pensando politicamente, o vice numa chapa é uma figura importante para a continuidade administrativa da gestão, caso o titular não esteja capacitado ou impedido de exercer suas funções. “Isso garante, por exemplo, a estabilidade e a continuidade de um governo. Em tese, o vice desempenha papel muito importante na administração, ajudando a coordenar políticas públicas, mediando conflitos, além de assumir responsabilidades delegadas a ele. A escolha do vice é um indicativo do tipo de governo que o candidato pretende formar. Se ele for um vice bem escolhido, isso pode reforçar a imagem da competência, da confiança que a chapa precisa adquirir. Em termos práticos, a gente observa que muitas vezes o vice é escolhido de acordo com a demanda de um candidato. Este precisa ampliar sua confiança e números de votos. O vice é escolhido de acordo com a mensagem que a  campanha pretende formar”, avalia.

Simone Pedro ainda acrescenta: “Na prática de campanhas, não quer dizer necessariamente que o vice vai definir a escolha de um eleitor. Geralmente, no Brasil, o eleitor escolhe candidatos de acordo com a pessoa. Não é comum votar no projeto político ou no partido. Atualmente, o Brasil está muito apegado aos costumes para definir voto. Dependendo do discurso do candidato, do discurso de valor, do juízo de valor daquele candidato, isso define a quantidade de votos que ele vai ter”, diz.

Frederico Paes (Coligação O Trabalho só Começou)
O engenheiro e empresário de 55 anos disputa pela segunda vez uma eleição municipal.

“A decisão foi tomada há quatro anos, quando o Wladimir me pediu para acompanhá-lo na reconstrução de Campos. Pegamos uma cidade destruída, com mais de 50 UBS fechadas; Hospitais Ferreira Machado e de Guarus com uma estrutura horrível; A gente precisa melhorar muito ainda a questão do atendimento e humanização. Acredito que a cidade tem potencial enorme para crescer, com desenvolvimento econômico; a arrecadação própria subiu e diminuiu a dependência de royalties; geramos mais de 20 mil empregos; não esquecendo também da questão social. A gente sabe que tem pessoas em condições de vulnerabilidade ainda.  O eleitor pode esperar que o que a gente promete, a gente cumpre. Com a energia do Wladimir e a experiência do Frederico, a gente pode transformar a cidade com qualidade de vida para todos”.

Clodomir Crespo (Coligação Liberdade, Emprego e Dignidade)
O empresário de 66 anos já foi candidato a deputado estadual em 2018.

“Eu me uni ao Thuin porque o conheço, respeito e confio. Além de termos propósitos iguais para o desenvolvimento  e liberdade do povo de Campos. Por ser um político mais experiente,  por ser um vereador com mandato. Aceitei o convite para vir como vice- prefeito depois que o deputado estadual Thiago Rangel desistiu de vir a prefeito. Não temos educação, pois são os piores resultados no Estado. Não temos transporte digno. Com minha experiência  no setor do agronegócio, indústria e comércio, poderemos renovar e fortalecer a nossa cidade. Nessa candidatura, o primeiro passo é mostrar a realidade. Que o povo acorde e se liberte do maldito sistema que promove pobreza e dependência. Com apoio do nosso povo, seremos vencedores. Nosso mandato será direcionado ao desenvolvimento social, industrial e todos os outros setores”.

Ozielzinho (Coligação Campos Pode Mais)
O empresário Oziel BatistaFilho atua na indústria ceramista. Ele tem 60 anos.

“Fui presidente do Sindicato dos Ceramistas e sempre estive ligado diretamente a política local. Recebi o convite do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que me apresentou um projeto de transformação da nossa cidade. Infelizmente, Campos está estagnada há 30 anos. Vendo esse cenário, não poderia me acovardar e me calar. Decidi aceitar ser candidato a vice-prefeito da Delegada Madeleine, que é uma pessoa séria, honesta, transformadora. Tenho certeza que juntos faremos Campos crescer. No dia 6 de outubro, o eleitor campista terá a oportunidade de escolher o futuro melhor. A partir de 1º de janeiro, iremos transformar a realidade da nossa cidade. É hora de trazer desenvolvimento e avanços. Campos tem um orçamento de R$ 3 bilhões e não há oportunidades. Hoje, a cidade tem 80 mil pessoas com carteira assinada e quase 250 mil pessoas no CadUnico”.

Vanessa da Enfermagem (Federação PSOL-Rede)
A enfermeira Vanessa Gomes Sampaio tem 45 anos.

 “Por entender que eu represento a mulher negra e mãe solo em nossa cidade; ainda o fato de eu ser do povo economicamente pobre, eu vou representar com propriedade, grande parte da nossa população. Uma discussão clara e objetiva que é a vez da população encontrar nesta candidatura alguém que não está vinculado ao sistema de poder político implantado no País; que vive de trocas e de toma lá da cá. Nossas principais pautas são educação e saúde. E, desta forma, quero transformar nossa sociedade, dando possibilidade a todos de almejar a tão sonhada liberdade econômica; ainda com saúde de qualidade e com foco na saúde primária”

Isaac Vieira (Novo)
O servidor público estadual de 54 anos nasceu em Minas Gerais, mas vive em Campos.

“Acredito que a política não é profissão, mas missão de promover o bem comum. É impossível não me envolver com os desafios de Campos, especialmente nas áreas de mobilidade urbana, saúde e educação. Acredito que o Dr. Alexandre Buchaul é a pessoa mais capacitada para gerir a cidade e resolver esses problemas críticos. Escolhi o Partido Novo porque compartilho dos seus princípios e valores, como a defesa da vida, a valorização das liberdades individuais, a transparência e eficiência na gestão pública, além da importância de gerar empregos e renda por meio do incentivo ao empreendedorismo.  Nossa candidatura se dedicará à construção de uma Campos com oportunidades de vida digna para todos.  Se eleito, nosso objetivo é transformar a cidade de forma responsável com  recursos dos royalties do petróleo, quebrando o ciclo de pobreza e dependência que há tanto tempo afeta nossa população”.

Mayra Freitas (Federação Brasil da Esperança)
Aos 32 anos, concorre pela primeira vez. Trabalha embarcada em plataforma petrolífera.

“Nasci em Guarus, morei na roça e fui empregada doméstica na cidade. Sou cria de escola pública, fui líder comunitária e sempre defendi o direito à moradia digna. Sempre acreditei que devemos ter representantes dispostos a escutar as demandas do povo e tenham compromisso com a garantia de direitos. Por isso, estar como vice na chapa do PT me faz ter certeza que estamos avançando para construir uma Campos que queremos. O eleitor pode esperar uma candidatura que representa a periferia, a favela, a população LGBTQIA+, o movimento negro, os sem teto. O povo campista não tolera mais o atraso e o abandono do poder público nas mãos de famílias. Espero construir um mandato que invista em educação de qualidade. Busco garantir a transformação da realidade através da geração de emprego e renda, para garantir o desenvolvimento do município”.

Doutor Carlito (PRTB)
O médico e biólogo Carlito Lessa, de 49 anos, é cardiologista e bombeiro militar.

“Decidi me candidatar com o Pastor Fernando porque acreditamos nos mesmos valores. Queremos um governo justo e honesto, que cuide das pessoas e faça Campos crescer de forma sustentável. Ele é um líder respeitado e conhece bem a nossa comunidade. Trago minha experiência em saúde e educação. Juntos, podemos fazer a diferença. Os eleitores podem esperar de nossa candidatura um compromisso sério com a ética e a transparência. Vamos garantir que todos os recursos públicos sejam usados de forma responsável e honesta, combatendo a corrupção em todas as suas formas. Queremos melhorar o atendimento básico e modernizar hospitais e postos de saúde. Vamos investir nas escolas e valorizar nossos professores. Nossa candidatura está comprometida com a inclusão social. Se eleitos, esperamos um mandato de muito trabalho, mas também de muitas conquistas para Campos”.