×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Celebração da história e da cultura francesas – Olimpíadas 2024

.

Eliana Garcia
Por Eliana Garcia
4 de agosto de 2024 - 0h01

A abertura dos Jogos Olímpicos, a céu aberto, mesmo com chuva, em Paris, foi uma celebração à cultura e à história da França. Foi um espetáculo cheio de simbolismos que destacou pontos marcantes da cidade, desde a Torre Eiffel até o Musée d’Orsay e o Louvre e, principalmente o rio Sena, o grande palco do desfile dos atletas.

Uma festa que celebrou a diversidade e destacou bastante as figuras históricas femininas, assinalando a importância da presença das mulheres nas Olimpíadas. Cinquenta por cento dos participantes são mulheres, pela primeira vez na história dos jogos.

Sem dúvida, uma festa inesquecível não só pela beleza, como pelas polêmicas suscitadas devido às referências que o diretor artístico, Thomas Jolly, utilizou.

O quadro mais polêmico foi a encenação com artistas diversos, entre eles drags queens. Muitos relacionaram a cena à Última Ceia, quadro pintado por Leonardo da Vinci que representa Jesus e seus apóstolos fazendo a derradeira refeição antes da prisão. Muitos viram a cena como um deboche, inclusive religiosos e, mais uma vez, os críticos de plantão das redes sociais.

Thomas Jolly afirmou sobre essa controvérsia: “Era mais uma questão de criar uma grande celebração pagã ligada aos deuses do Olimpo”.

Vale acrescentar que os primeiros jogos olímpicos teriam sido realizados no santuário de Zeus, deus dos deuses na mitologia grega, em Olímpia, na Grécia antiga, hoje um sítio arqueológico. Dessa forma, surgiram os termos Olimpíadas e olímpicos.

Sobre o evento de modo geral, Jolly disse: “Não houve a intenção de ser subversivo ou chocar as pessoas. A ideia era transmitir uma mensagem de amor e inclusão.”

A organização do evento utilizou inúmeras referências desde quadros famosos (Mona Lisa, O Banquete dos Deuses e outros) símbolos da literatura francesa, como também do cinema (filmes: “Corcunda de Notre Dame”, “Asterix e Obelix: Missão Cleópatra”), literatura (o livro O Fantasma da Ópera”), vídeo-games (o jogo “Assassin’s Creed”), além da apresentação de cantoras famosas como Celine Dion, que emocionou a todos.

Muitas outras referências devem ter inspirado essa bela festa que extrapolou os muros de um ginásio, de um estádio e colocou os donos da festa – os e as ATLETAS – no lendário Sena, para que a arte e a história os reverenciassem.

Não seria aquela amazona cavalgando sobre o rio uma referência à Joana D’Arc, mártir e padroeira da França?

Porém… cada um vê com os olhos que tem.