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SOS Coração revoluciona atendimento a infartos em Campos

Mais de 300 vidas já foram salvas graças à rápida intervenção proporcionada pelo projeto

Saúde
Por ASCOM
31 de julho de 2024 - 11h12

Em uma história que combina perseverança, inovação médica e impacto social, o projeto SOS Coração tem se destacado como um marco na saúde pública de Campos. Idealizado pelo cardiologista Jamil Soares, durante a tese de mestrado há 17 anos, a iniciativa visa proporcionar atendimento rápido e eficaz às vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio, com o objetivo de realizar intervenções salvadoras dentro de uma janela crítica de uma hora após o evento.

O projeto enfrentou muitos obstáculos desde sua concepção inicial. Tanto o próprio médico quanto o filho dele, também cardiologista e intervencionista, Carlos Eduardo Soares, tentaram diversas vezes sensibilizar autoridades sobre a importância e viabilidade do SOS Coração na rede pública de saúde. No entanto, encontraram frequentemente barreiras burocráticas e respostas que indicavam que o projeto demandava detalhes adicionais ou não era oportuno para implementação naquele momento.

Dr Maninho

Durante a gestão do Dr. Maninho como Subsecretário Geral de Saúde o projeto foi apresentado a ele, que reconheceu imediatamente o potencial do SOS Coração e tomou medidas decisivas para a implementação. Há cerca de um ano e meio, o projeto finalmente foi integrado à rede pública da cidade, trazendo consigo uma mudança significativa na forma como casos de infarto são tratados na região.

Desde então, mais de 300 vidas já foram salvas graças à rápida intervenção proporcionada pelo SOS Coração. “Acredito que toda vida importa, ainda que fosse uma única pessoa salva, já teria valido muito à pena”, disse o Dr. Maninho emocionado. O sucesso do projeto foi também reconhecido externamente, recebendo o terceiro lugar na premiação da Fiocruz na 4ª Mostra Estadual de Práticas de Saúde, destacando-se entre iniciativas de todo o estado do Rio de Janeiro.

Segundo o Dr. Guilherme Rangel, Superintendente do Hospital Ferreira Machado, a maior referência no atendimento de urgência da região, o SOS Coração tem feito toda diferença no atendimento da emergência para os casos de infarto agudo de miocárdio, doença que mais mata no país e no mundo, dando um desfecho muito mais otimista para o paciente que se enquadra nesta situação.

“Com certeza mostra que nós que praticamos o cuidado com a vida, precisamos estar atentos para o potencial de práticas inovadoras que podem ser relativamente simples, mas decisivas para salvar o paciente e a sensibilidade do gestor de saúde, altera todo um desfecho para o beneficiado lá na ponta”.

Cardiologista intervencionista e filho do autor do projeto, Dr Jamil Soares, o médico Carlos Eduardo Soares comenta que o foco do SOS Coração está nos infartos que precisam ser tratados na primeira hora. Ele destaca que antes do projeto, esses pacientes esperavam até 10 dias na rede pública para receber tratamento adequado.

“O SOS Coração busca garantir que esses pacientes cheguem rapidamente ao hospital terciário para serem tratados de forma eficiente. Quando conseguimos atender na primeira hora, os resultados são significativamente melhores, com menor perda de músculo cardíaco e melhor prognóstico”, explica.

Por fim, o cardiologista enfatiza que, agora implementado também na rede pública, O SOS Coração segue diretrizes estabelecidas há mais de 25 anos, enfatizando a importância do tratamento precoce para melhorar a qualidade e aumentar a expectativa de vida dos pacientes após o infarto.

“Este projeto foi idealizado há 17 anos, durante uma tese de mestrado do meu pai, o Dr. Jamil Soares. Ele estudava as características genéticas dos pacientes com infarto e, naquela época, o sistema de saúde não era organizado da mesma forma que hoje, ele conseguia mobilizar rapidamente os pacientes com este quadro específico, para tratamento com a ajuda de acadêmicos.

Segundo Carlos Eduardo, a atuação do Dr. Maninho foi preponderante para o avanço do projeto no município:

Foto: Divulgação

“Com o passar dos anos, a regulação de leitos e outros processos burocráticos começaram a dificultar essa mobilização específica. Eu pessoalmente estive na Secretaria de Saúde várias vezes, dialogando com outros gestores, tentando mostrar a importância e o impacto positivo que o projeto traria para a população. Apesar dos esforços, não conseguíamos realizar o que parecia ser algo simples, mas essencial. Foi somente na gestão atual, com o apoio do Dr. Maninho, que o projeto começou a ganhar força. Ele reconheceu a relevância do SOS Coração e desde então trabalhou arduamente para resolver todas as questões pendentes. Graças ao este apoio incondicional, conseguimos finalmente iniciar sua implementação. Ver esse projeto, que idealizamos há tantos anos finalmente começar a ser realizado nas rotinas do atendimento hospitalar aos infartados, é muito gratificante para todos nós”, conclui.

Fonte: Ascom