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O crivo das três peneiras

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Eliana Garcia
Por Eliana Garcia
21 de julho de 2024 - 0h01

Em tempos de Fakes News, é importante lembrar da história das três peneiras, antes de passar qualquer informação à frente, compartilhando posts duvidosos e mesmo mentirosos. Na dúvida, não poste, nem compartilhe. Na dúvida, não conte para a melhor amiga, nem para a comadre ou o compadre.

Em boca fechada, não entra mosca; a mentira tem perna curta; quem semeia vento, colhe tempestade; macaco velho não mete a mão em cumbuca e por aí vai.

 Conta-se que a narrativa das três peneiras é atribuída ao filósofo ateniense Sócrates.

Uma vez, um homem, muito bem intencionado, procurou o filósofo dizendo que precisava contar algo muito importante sobre um amigo dele.

– Um momento, meu caro. Não conte agora, por favor. Primeiro preciso saber se você passou a informação pelas três peneiras – disse o filósofo.

– Peneiras? Não estou entendendo – respondeu o homem.

– Já lhe explico. Preste atenção, pois esse conhecimento será muito útil. A primeira peneira é a da VERDADE. Você tem certeza de que isso que quer me contar é verdade?

– Ouvi dizer. Certeza, certeza não tenho. – retrucou o senhor.

– A segunda peneira é a da BONDADE. Faria bem a alguém contar o que deseja? Ou não?

O homem respondeu envergonhado:

– Preciso confessar que não.

– A terceira é a da UTILIDADE. É útil o que deseja falar do meu amigo?

– Sinceramente não é útil.

Dessa forma, disse-lhe o sábio, se o quer me contar não é verdadeiro, nem bom, nem útil, é melhor que o guarde somente para si.

Atualmente é necessário que façamos essas perguntas, usando esses critérios, principalmente para que as postagens, nas redes sociais, não tragam tantos dissabores, e, por vezes, problemas tão sérios para a vida cotidiana.