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Especialista alerta para clima frio e seco, que aumenta incidência de conjuntivites

Patologia se manifesta por coceira e olho vermelho, e, apesar da pouca gravidade, provoca muito incômodo e é altamente contagiosa

Saúde
Por ASCOM
14 de julho de 2024 - 12h28
(Foto: Arquivo)

O clima frio e seco, típico do inverno, está relacionado à ativação das doenças alérgicas, dentre elas as conjuntivites, que também podem ser virais ou bacterianas. A patologia se manifesta, em especial, por coceira e olho vermelho, e, apesar da pouca gravidade e de ser autolimitada, provoca muito incômodo e é altamente contagiosa. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) faz um alerta para a transmissão, que acontece pelo contato direto com a pessoa acometida ou com objetos contaminados que tenham entrado em contato com o olho afetado. O período de incubação é de 3 a 4 dias e o curso da doença é de 7 a 10 dias.

“O aumento considerável de casos de conjuntivite no inverno ocorre devido ao tempo frio que favorece a disseminação de vírus, resultando em mais casos de conjuntivite viral. Além disso, o tempo seco e as queimadas, típicas da nossa região, contribuem para o aumento de casos de conjuntivite alérgica. Também há outros tipos de conjuntivite, como a bacteriana e a química, pela exposição a certos produtos. Por isso, é importante diferenciar o tipo de cada uma para um tratamento adequado”, orientou o oftalmologista da Rede Campos de Saúde Pública, Pedro Morais.

Pedro menciona que todas as faixas etárias estão sujeitas a infecções oculares, sem uma idade específica mais propensa. No entanto, as crianças podem ter mais infecções devido ao contato frequente com os olhos, enquanto idosos podem ser afetados em decorrência da baixa imunidade.

“É importante ter cuidados preventivos em todas as faixas etárias para evitar o contágio da doença. Algumas medidas de precaução incluem não coçar os olhos; higienizar as mãos regularmente; não compartilhar objetos pessoais como toalhas e produtos de maquiagem; trocar a roupa de cama e toalhas semanalmente; garantir que a piscina esteja bem tratada ao nadar para evitar conjuntivite bacteriana; evitar o uso indiscriminado de colírios, verificando sua validade; evitar exposição a agentes irritantes como poeira, fumaça e produtos químicos, para prevenir conjuntivite alérgica ou química, e ter cuidado ao interagir com pessoas com conjuntivite, evitando abraços, apertos de mão e beijos, além de limpar objetos compartilhados”, pontuou.

O especialista cita que os principais sintomas da doença são coceira nos olhos; lacrimejamento; secreção (que pode ser purulenta ou transparente); inchaço nas pálpebras; sensibilidade à luz; sensação de corpo estranho no olho; pálpebras grudadas ao acordar; visão turva e possíveis complicações, como formação de membranas ou infiltrados. Também podem ocorrer febre e dor de garganta, no caso de conjuntivites virais, além de espirros, coriza e rinite, nas conjuntivites alérgicas. Ele destaca a importância de procurar um médico para o tratamento adequado.

“É importante ter cuidado ao escolher o colírio para tratar a conjuntivite, pois o tratamento varia entre conjuntivite alérgica e viral. Usar o tratamento errado pode piorar a condição, como aplicar corticoide no início do quadro de conjuntivite viral, o que pode agravar a situação. É essencial ter atenção e não aplicar qualquer medicamento sem orientação adequada”, finalizou o oftalmologista.