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Está aberta a temporada dos caldos

No inverno, o prato é o queridinho por agradar a todos, nas festas ou em reuniõezinhas

Clube J3news
Por Monique Vasconcelos
23 de junho de 2024 - 0h01

Embora não pareça, por causa das temperaturas mais amenas do ano, o inverno chegou na última quinta-feira (20), e esta estação, teoricamente, mais fria, pede comidas saborosas e quentinhas. Os caldos são uma boa pedida para esta época e, além disso, são carros-chefes em vendas nas festas juninas espalhadas pelo país.

Estes saborosos pratos têm opções todos os gostos: caldo verde, de mandioca, de feijão, de pinto, de milho, de ervilha, de abóbora com carne seca, de mocotó, de canja de galinha, de vaca atolada, entre outros, quase impossível não gostar de pelo menos um!

Bióloga|Viviane Gomes (Foto: Arquivo Pessoal)

A bióloga Viviane Gomes, de 35 anos, costuma preparar caldos com certa frequência nas festas juninas em que participa, seja de ervilha, de abóbora com carne seca e feijão. “Sempre estou fazendo caldos e sopas em casa, principalmente quando o tempo fica mais friozinho”, disse. No próximo mês, Viviane irá participar de um “arraiá” com um grupo de amigos e será uma das responsáveis por levar o caldo verde, o seu favorito. “É difícil escolher um só, mas o verde é o melhor”, elogiou.

Engenharia|Mariana Colen (Foto: Arquivo Pessoal)

Natural de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a engenheira civil Mariana Colen, de 33 anos, chegou a Campos em dezembro de 2017 e disse que sente falta de comer caldos no dia a dia: “Eu amo caldos, sinto falta de conseguir comer durante o resto do ano. Em Minas, é comum ter o ano todo”, comentou. No entanto, ela nunca levou caldos para uma festa junina, ao contrário de Viviane. Esse ano, porém, ela vai se arriscar e fará um caldo de mandioca pela primeira vez para levar a um arraiá do Clube do Livro em que participa. A receita é da avó dela e ela contará com instruções da mãe para o preparo. Mariana disse que é expert, mesmo, é no caldo de feijão, o seu favorito. “Costumo fazer esse, mas, para comer em casa. Minha mãe sempre fez como janta o caldinho de feijão, desde que eu era pequena”, contou.

Agora, quem tem experiência em caldos para dar e vender é Hosana de Almeida. Há sete anos ela tem um trailer que comercializa o prato por meio de aplicativos de delivery e um trailer com cozinha adaptada para a produção e montagem do prato. Segundo a empreendedora, esta é a época em que o local é mais procurado e este ano espera mais vendas do que em 2023. Diariamente ela vende cerca de 200 cumbucas de caldos. A empreendedora faz oito tipos de caldo por dia, entre eles: mocotó, vaca atolada, caldo verde, angu baiano, de abóbora, feijão amigo, língua com batata, ensopado de carne com batata, feijoada, canjiquinha, caldo de quenga e frango com quiabo. “Todos têm bastante saída, mas saem mais vaca atolada, mocotó e caldo verde”, disse.

Hosana também leva o veículo para eventos, como quadrilhas juninas particulares. “Sempre tem umas cinco por mês nesse período”. A última festa junina que o empreendimento dela participou foi no estacionamento de um shopping. “Nos três dias de eventos foram o total de 1800 a 2000 cumbucas vendidas”, contabilizou Hosana.

Nutricionista desmistifica os caldos
Temos a ideia de que comidas líquidas e mais pastosas são, também, menos calóricas e mais saudáveis. Será que está correta esta ideia? Quais serão os caldos menos calóricos e que vão interferir menos no corpo de quem está fazendo dieta? Será que tem algum caldo que ajuda no emagrecimento? O J3News conversou com a nutricionista Natália Muniz para saber se os caldos fazem bem, ou não, para a saúde e também indicar qual é a melhor opção para quem quer ficar em forma.

Nutricionista|Natália Muniz (Foto: Josh)

Segundo a nutricionista, os caldos podem ser muito benéficos para a saúde, especialmente quando preparados com ingredientes naturais e sem aditivos industrializados. No entanto, a escolha dos ingredientes é crucial para determinar se um caldo será saudável para indivíduos com condições específicas como colesterol alto, diabetes e hipertensão. “Caldo de ossos e vegetais são, geralmente, benéficos, pois são ricos em nutrientes, minerais e colágeno, que podem ajudar na saúde das articulações e do intestino”, relatou.

Já para pessoas diabéticas, a nutricionista recomenda a alimentação com caldos com ingredientes de baixo índice glicêmico, como brócolis, couve-flor, abobrinha e chuchu. No entanto, é importante evitar adicionar sal em excesso para não prejudicar pessoas com hipertensão. “Caldo de carne gorda ou caldos industrializados que contêm alto teor de sódio, conservantes e gorduras saturadas devem ser evitados por quem tem colesterol alto e hipertensão”, disse Natália.

Oscaldos preparados com ingredientes anti-inflamatórios podem ajudar a reduzir a inflamação intestinal. “Ingredientes como cúrcuma, gengibre, tomilho, e ossos de animais (ricos em colágeno e gelatina) são conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias. Eles podem ajudar a fortalecer a barreira intestinal e reduzir sintomas de inflamação”, explicou a nutricionista.

Uma opção menos calórica e que pode ser consumida por quem está fazendo dieta para emagrecimento é o caldo de vegetais sem adição de óleos e gorduras, segundo Natália Muniz. “Caldo de frango desengordurado também é uma boa opção. Para emagrecimento, caldos que promovem saciedade com baixa densidade calórica são ideais. Caldos com legumes de baixo índice glicêmico, como chuchu, abobrinha, espinafre e couve, ajudam a manter a saciedade sem adicionar muitas calorias”, finaliza Natália.