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Conclusão da obra da Ponte da Integração é adiada mais uma vez

O local irá ligar São Francisco de Itabapoana a São João da Barra, e agora a previsão é para setembro deste ano

Geral
Por Monique Vasconcelos
18 de junho de 2024 - 9h31
Foto: Josh

Será novamente adiada a entrega da Ponte da Integração, que irá ligar São Francisco de Itabapoana a São João da Barra, e agora a previsão é para setembro deste ano, segundo o que foi definido na reunião entre o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e participantes do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), que aconteceu nesta segunda-feira (17).

Em junho, (Leia Aqui) o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou que os 34 vãos da Ponte da Integração estavam concluídos e declarou que as obras se concentravam nos acessos à ponte, mantendo à época a previsão de conclusão para o fim do mês de junho. Agora, questionado pelo J3News, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) informou que as obras seguem em ritmo acelerado e, no momento, a empresa responsável pela obra se concentra nos serviços de acabamento, como a instalação de barreiras e guarda-corpo na estrutura. Os 34 vãos foram concluídos. O investimento para a construção da ponte é de R$ 136 milhões.

O Departamento ressaltou que atualizou e adequou o projeto de iluminação às novas normas técnicas determinadas pela legislação, uma vez que o plano inicial foi aprovado em 2013. Com isso, o órgão vai instalar uma nova iluminação pública mais moderna, aumentando a segurança para os usuários. A ponte possui 1.344 metros de extensão por 16,2 de largura. Um acostamento de 3 metros em cada sentido e um passeio de 2 metros para pedestres e ciclistas.

O DER-RJ destacou que já finalizou a construção do acesso pelo município de São João da Barra e realiza, no momento, serviço de terraplanagem e preparação para colocação da massa asfáltica no acesso de São Francisco de Itabapoana. O investimento para a construção dos dois acessos à ponte é de R$ 21,2 milhões.

Segundo o Governo do Estado, um dos principais destaques da reunião foi a apresentação das obras de infraestrutura realizadas no interior, com mais de 1,5 bilhão em investimentos. “A obra da Ponte da Integração esperada há mais de 40 anos beneficiará 1 milhão de pessoas”.

Intervalo de três meses entre entregas de ponte e acesso
Desta forma, se o prazo para a conclusão do acesso a São Francisco for mantido, haverá um intervalo de três meses: de março, para quando estava prevista a entrega da ponte, a junho, prazo dado pelo DER-RJ para o fim construção do acesso a Campo Novo (localidade são franciscana) pela RJ-194.

Em fase final na localidade de São Domingos, em São João da Barra, e ainda se iniciando no limite entre Campos e São Francisco, os acessos são de responsabilidade da empresa Ferdan Empreendimentos, com orçamentos de R$21 milhões. O edital da licitação, apresentando a Ferdan como vencedora por ter apresentado o “menor preço global”, foi publicado em fevereiro do ano passado. A extensão da obra é de 2,99km.

Já as obras da estrutura da Ponte da Integração, que tem 90% do serviço executado, são feitas pela Premag Sistema de Construções, no valor de R$105 milhões. São 16,2 metros de largura e 1.344 de extensão.

Prazo novo, novela antiga

A previsão de entrega dos acessos da Ponte da Integração até São Francisco para setembro de 2024 é o último de vários prazos já dados pelo Governo do Estado, uma novela que já se arrasta por várias décadas.

Em setembro de 2022, durante debate dos candidatos ao Governo do RJ, Cláudio Castro afirmou que a ponte seria entregue em maio de 2023. Em dezembro de 2022, após ser eleito, o atual governador voltou a cravar o mesmo prazo. Depois, houve adiamentos para dezembro de 2023 e, posteriormente, para março de 2024. 

As obras da nova ponte foram iniciadas em 2014, pelo então governador Luiz Fernando Pezão. Uma primeira ponte começou a ser construída em 1981, quando o país era governado pelo presidente João Figueiredo. Pilares jamais receberam tabuleiros. A estrutura foi deteriorada e acabou descartada décadas depois.

Hoje, a única forma de atravessar entre uma cidade e a outra pelo Rio Paraíba é com o transporte informal de barcos, entre Gargaú (SFI) e Atafona (SJB).