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Que tal um passeio pelo campus da Uenf?

Interesse cresce para práticas esportivas, lazer e socialização; universidade sugere regras de comportamento e uso do espaço

Clube J3news
Por Ocinei Trindade
16 de junho de 2024 - 7h02
Fotos: Silvana Rust/Divulgação

Nos últimos anos, o campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, em Campos dos Goytacazes, uma das principais áreas de lazer e de práticas esportivas da cidade. A pandemia fez com que o interesse pelo local aumentasse. A imensa área verde com pistas e bosques atrai pessoas que cuidam do corpo e da mente. Entretanto, nos últimos meses, sobretudo em fins de semana, cresceram reuniões de grupos, piqueniques, comemorações de aniversários. A direção da Uenf criou algumas regras para ocupação do espaço. Obras de melhorias estão em andamento. Em geral, os frequentadores elogiam o lugar. Alguns sugerem ações para que o ambiente chegue perto da perfeição.

Percorrendo alguns dos bosques da Uenf, a reportagem encontrou um grupo de pesquisadores de mestrado e doutorado do Laboratório de Fruticultura do CCTA, coordenado pela professora Cláudia Marinho. Eles costumam ocupar o local nos intervalos das pesquisas, mas também para se divertirem no fim de semana. A maioria é de fora de Campos, oriundos do Ceará, Pará, Espírito Santo, Maranhão, além das cidades próximas como Macaé e Rio das Ostras.

Para relaxar|Pesquisadores do CCTA também aproveitam o campus para lazer

“A gente costuma vir nos fins de semana para fazer piquenique, correr, passear com os pets. É melhor ainda nos dias quentes por ser um ambiente fresco, com árvores e vento. Mantemos  contato com a natureza, integração dos alunos de outros centros de pesquisa, e, também com gente da comunidade , já que muitos campistas frequentam o local para lazer”, citam Sidney Galvão, Victor Rocha, Maria Jullia Ribeiro, Rachel Rocha, Juan Carlos Monteiro, Victor Almeida,  Angélica Corrêa, Élison Silva e Raudielle Santos.

Piquenique|Espaço amplo e cercado por área verde é usado para socialização

De acordo com a Reitoria da Uenf, a utilização do campus pela comunidade promove a integração social e o aproveitamento do espaço público destinado a todos. “Temos nos dedicado a garantir que o campus permaneça sempre limpo, organizado, atrativo e seguro. Nossas equipes de manutenção e segurança trabalham para assegurar um ambiente agradável e adequado para lazer, prática de esportes e atividades culturais”, diz a reitora Rosana Rodrigues.

Regras para utilização do espaço

De acordo com a Prefeitura da Uenf, o espaço é comunitário e conta com a presença de muitas famílias e esportistas. Para essas atividades, não é necessária autorização prévia para ingresso no campus. Todavia, é importante que os frequentadores atentem a algumas regras necessárias para a boa convivência. “É proibido o consumo de bebidas alcoólicas; utilização de churrasqueiras; música alta; jogos de mesas e cadeiras plásticas. Nos piqueniques é permitido levar uma mesa de apoio para os alimentos. Cangas e cadeiras de praia são sempre bem-vindas. Solicitamos também, que o lixo seja depositado em contêiner disponibilizado no campus. No caso de eventos esportivos coletivos, é necessário entrar em contato com a Prefeitura da Uenf. Sanitários ficam abertos nos fins de semana, próximos ao Diretório Central do Estudantes (DCE). Temos também vigilância patrimonial  e da Polícia Militar, através do Proeis (Programa estadual de Integração na segurança). Quem trouxer cães e gatos, estes devem utilizar coleiras. Os prédios e laboratórios não devem ser acessados nos fins de semana. A liberação é apenas para a parte externa do campus”, explica o prefeito local, Rogério Castro.

Elogios, sugestões e curiosidades

Tiago Azevedo corre todos os dias na Uenf

O estudante de Matemática, Tiago Azevedo, mora no bairro Turf Club. Desde 2021, frequenta o campus da Uenf para correr todos os dias. “Uso fones para ouvir música e me sinto seguro. Já participei de piqueniques com amigos aqui. Campos carece de áreas verdes”, considera.

Diogo Jesus e Marcelo Vicente caminham pelo campus da Uenf

O estudante de Psicologia, Diogo Jesus, caminha quatro vezes por semana no campus. “Creio que ainda é preciso melhorar as calçadas. Há momentos que é preciso dividir espaço com os carros nas pistas”, comentou.  Já o pesquisador Marcelo Vicente mora no Parque Califórnia, trabalha na Cidade da Criança e integra o programa Universidade Aberta. Gosta de caminhar pelos bosques e pistas da Uenf. “É um lugar maravilhoso para estar com a família e pets no fim de semana. Para ficar melhor, faltam instalar mais lixeiras e conscientização de quem frequenta, pois é comum achar lixo, plástico e garrafas. Faltam bebedouros espalhados pelo campus. Há muitos idosos que frequentam o local. Ter esse tipo de apoio é bom para todos”, sugere.

Camila Ribeiro é engenheira agrônoma

A engenheira agrônoma Camila Ribeiro elogia a arborização. “A Uenf se tornou um refúgio. Caminho sempre de manhã, com o sol em horário saudável. Na época da pandemia vinha bastante à noite. A iluminação do campus melhorou. As obras de alteração das calçadas são um ponto positivo. O campus precisa do maior número de acessibilidades possível.”, diz.

A Prefeitura da Uenf diz estar atenta às necessidades. “Estamos ainda em fase de construção das novas calçadas e ciclovias. Ao longo desses trechos, terão pequenas lixeiras. Acredito que logo no início do segundo semestre, teremos a instalação para facilitar o despejo de resíduos. Pedimos que as pessoas venham e usem o espaço, mas sabendo respeitar as orientações da universidade”, explica Rogério Castro.

Mayara Dionísio é de Jundiaí (SP) e frequenta o campus da Uenf

Muitas árvores da Uenf contêm QR Codes fixados nos troncos. A tecnologia é usada para aprender sobre várias espécies. Com um celular e internet, o visitante acessa dados de cada árvore, o tempo que foi plantada e estimativa de vida. Uma das mais admiradas e fotografadas tem o nome científico Ficus Elastica, pertencente à família Moraceae, conhecida como figueira branca, árvore da borracha, falsa seringueira com origem da índia, Malásia e Indonésia. A imensa árvore é uma das prediletas dos visitantes por sua exuberância.

A paulista Mayara Dionísio é da cidade de Jundiaí e mora em Campos há pouco tempo. “Gosto muito deste espaço. Venho de uma cidade com muitas áreas verdes. Campos precisa disso também”, conclui.