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Wladimir afirma que projeto de estádio municipal foi vetado por clube campista

Goytacaz e Americano teriam modernos centros de treinamento e desfrutariam de estádio com capacidade para 25 mil pessoas, segundo o prefeito

Geral
Por Yan Tavares
12 de junho de 2024 - 17h35
Foto: Divulgação

O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), utilizou as suas redes sociais nesta quarta-feira (12), para se manifestar sobre a atual situação do Goytacaz. Torcedores e simpatizantes fizeram uma manifestação nos arredores do estádio de Ary de Oliveira e Souza, no último sábado (8), por conta da casa do Alvianil ter ido a leilão um mês atrás.

O Aryzão só permanece como patrimônio do clube atualmente pelo fato de ninguém ter arrematado o estádio no certame. O lance inicial era de R$ 51.704.531,13. Em uma segunda etapa, o valor caiu para R$ 25.852.265,57. Mas também não houve nenhuma proposta.

Assolado em dívidas trabalhistas, o time da Rua do Gás se declarou favorável ao leilão, afirmando ter um projeto para zerar as contas e recomeçar em um novo local.

De acordo com o prefeito, a solução ideal foi apresentada ao conselho deliberativo do Goytacaz na década passada, quando o Americano realizou a venda do seu estádio. O Alvinegro vendeu o Godofredo Cruz em 2013.

Desde então, como Campos não tem um estádio municipal, o Americano adotou o Estádio Antônio Ferreira de Medeiros, em Cardoso Moreira, como casa provisória. Por vezes, quando não puderam receber jogos em seus estádios, Roxinho e Goytacaz também utilizaram o Ferreirão na última década.

“Quando foi feita a operação da venda do estádio do Americano, foi oferecido ao Goytacaz fazer uma venda casada dos dois estádios. Nesta ideia, ambos os clubes teriam centros de treinamentos entre os mais modernos do Brasil e a Prefeitura ajudaria no projeto para que a cidade tivesse um estádio municipal, para até 25 mil pessoas. Levei essa proposta ao conselho do Goytacaz, como deveria ser feito, mas ela foi recusada”, contou.

Wladimir colaborou ativamente com a gestão de futebol do Goytacaz entre 2011 e 2013. Na época, a cidade era governada por Rosinha Garotinho. Neste período, a equipe foi campeã da Série C e nas duas temporadas seguintes fez fortes campanhas na Série B, batendo na trave pelo acesso à elite estadual. Hoje prefeito de Campos, ele criticou a atual situação do clube:

“O que acontece hoje no Goytacaz hoje é triste de ver. O clube é comandado por um grupo, liderado por uma pessoa sem nenhuma capacidade e conhecimento de gestão e futebol. Como prefeito, consegui um patrocínio de R$20 mil para o time, mas por falta de entendimento dessa diretoria de como fazer para receber o patrocínio e por ter todas as contas bloqueadas, todo esse dinheiro foi bloqueado pela Justiça. Hoje, essa diretoria e outros ex-presidentes, querem o leilão do estádio para ‘se pagar’, alegando terem colocado dinheiro próprio no clube”, declarou.

E acrescentou, dizendo que cogita ajudar o Goytacaz, caso haja uma mudança na direção da agremiação. “A venda do estádio não se justifica mais. O que justifica agora é um grupo com gestão séria e profissional, que queira assumir o clube. Aí sim, enquanto torcedor e prefeito, estarei disposto a ajudar que eu tanto amo, tanto frequentei e fui a jogos. Mas, enquanto estiverem essas pessoas à frente, infelizmente não há o que fazer, porque o entendimento deles é muito limitado”, completou.